Durante um passeio pela Cachoeira do JK, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, a estudante Kayanne Fonseca se deparou com uma cena inesperada.
Ao passar pela trilha, ela viu uma jiboia tomando sol e nadando tranquila pelo local e não deixou de registrar o momento. O vídeo foi gravado no último sábado (28/9) e fez sucesso nas redes sociais. Veja as imagens:
De acordo com a turista, ela ficou impressionada ao ver o animal. “Ficamos mais impressionadas do que assustadas. Quando a vimos, achamos muito linda. Foi uma situação que transmitiu segurança; ela estava apenas de passagem, nem olhou para trás e não parecia uma ameaça. Ficamos admirando a beleza dela”, explicou a estudante ao g1.
Sem medo
Segundo Kayanne, apesar do medo de cobras, ela ficou tranquila com a situação.
“Achei que, quando a encontrasse, passaria mal. Tinha um moço com a gente que passou muita segurança, disse que o animal não era peçonhento e que não estávamos correndo riscos. Isso foi importante para não ficarmos assustadas, mas sim admiradas com a beleza”, finalizou.
De acordo com o biólogo Edson Abrão, a jiboia é uma serpente não venenosa e “tranquila” em comparação a outras. “Claro que você não deve colocar a mão numa jiboia no meio do mato; você será mordido. Ela não é uma serpente peçonhenta; não inocula veneno, mas mata suas presas por constrição”, disse ele ao g1.
Ambientes úmidos
Ainda conforme o biológo, é comum as serpentes nadarem. A jiboia, em específico, prefere ambientes úmidos, como os das cachoeiras. “Ela sempre está perto de locais bem úmidos e sombreados, pois, às vezes, consegue se alimentar de alguns peixes. Isso é raro, mas acontece, pois existem anfíbios que ficam à beira dos rios e córregos, em locais aquáticos”, afirmou Edson.
Edson Abrão destacou a importância de preservar as serpentes e outros animais silvestres. “Ali é o habitat dele, é a casa dele não é o nosso lugar. Temos que garantir a preservação do animal, não atacar, não matar o animal. A cobra é muito importante, extremamente importante para a natureza, inclusive para manter o equilíbrio ecológico”, reforçou.