Em meio a crise ambiental pelas queimadas, Marina libera R$ 315 mi para ONGs e vira alvo da oposição

Liberação de recursos provoca questionamentos sobre prioridades do governo federal e ministra terá que prestar esclarecimentos à Câmara Federal

A liberação da considerável quantia de R$ 315 milhões pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas às Organizações Não Governamentais com as quais se relaciona, em meio à maior crise incêndios no país, levou a titular da pasta, a acreana Marina Silva, à mira da oposição ao atual governo na Câmara dos Deputados.

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) apresentou um requerimento em que pede à ministra esclarecimentos sobre o repasse de R$ 315 milhões da pasta para às ONGs e levanta dúvidas sobre a transparência e a aplicação desses recursos.

Ministra Marina Silva/Foto: Reprodução

A suspeita da parlamentar decorre de a liberação ocorrer especialmente em meio à crise ambiental que o Brasil enfrenta com incêndios florestais graves em várias regiões. O requerimento já foi protocolado na na Câmara e faz uma série de questionamentos, com base em informações publicadas pelo jornalista Cláudio Humberto, da Rádio Bandeirantes, que detalhou os pagamentos no Portal da Transparência.

Zanatta quer saber quais ONGs foram beneficiadas, quais critérios foram utilizados para selecioná-las, e como esses valores são aplicados no combate à crise ambiental. No documento, a deputada federal argumenta que, em um momento de graves queimadas pelo País, o direcionamento de R$ 315 milhões a ONGs gera questionamentos sobre as prioridades do governo federal.

Ela destaca que a transparência e a eficácia na utilização desses recursos são fundamentais para enfrentar a crise ambiental. “A destinação de R$ 315 milhões para ONGs em meio a uma crise ambiental sem precedentes levanta uma questão pertinente sobre as prioridades do governo. Transparência, eficácia e foco na resolução dos problemas urgentes deveriam ser os pilares da atuação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima neste momento”, afirmou Zanatta, no requerimento.

PUBLICIDADE