O Fantástico, da Rede Globo, mostrou na edição do último domingo (6), a intensificação das ações da Polícia Federal no combate aos crimes eleitorais e destacou a situação ocorrida em Feijó, município do interior do Acre, em que uma facção criminosa ameaçava eleitores e agiam para tentar evitar que um dos candidatos fosse eleito.
Trata-se do delegado Railson Ferreira, eleito no último domingo (6) com 49,99% dos votos válidos, que desbancou candidatos como Cláudio Braga (Progressistas), Cadmiel Bomfim (União Brasil) e Terezinha (PL).
Em julho, o ContilNet já havia divulgado que o então pré-candidato a prefeitura estava sofrendo ameaças com relação a sua pré-campanha.
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Railson esteve à frente da Delegacia de Feijó por vários anos e conduziu investigações contra o crime organizado e prendeu integrantes de facções criminosas na região.
A reportagem do Fantástico destaca a nota enviada em grupos de WhatsApp e mostra ainda uma mulher que fez campanha para o delegado, mas em seguida pede desculpa à facção criminosa. A mulher é mãe de um faccionado e um dos homens diz que isso evitou que ela fosse disciplinada pela organização criminosa.
A nota compartilhada se refere a Ferreira como “pilantra”, “covarde” e “medroso”. Além disso, diz que, por ele não ter nascido na cidade, não merece ocupar o cargo de prefeito.
“TODOS AQUELES QUE TIVEREM APOIANDA ESSE SAFADO (sic), AI QUE PEGUE SUAS COISAS E VAO MORAR MAS ELE, E PODEM SAIR FORA DA NOSSA CIDADE E VAO MORAR EM SAO PAULO, JUNTO COM ESSE LIXO,TA PROIBIDO DE FAZER CAMPANHA PRA ESSE LIXO, QUEM FOR PEGO FAZENDO CAMPANHA PRA ESSE SAFADO AI NOS VAMOS TOMAR AS MEDIDAS CABÍVEIS ,PARA ESSES PUXA SACO PORQUE QUEM VOTA EM SAFADO SAFADO Ê, PORRISO TA PROIBIDO 🚫E QUEM TIVER FOTO DESSE LIXO COLADO EM SUAS CASAS, SERA TOMADO MEDIDAS CABÍVEIS TAMBEM, TA PROIBIDO 🚫 ENTAO NAO DESACREDITEM, ESTAMOS SEMDO BEM CLAROS ESPECÍFICOS EM NOSSAS PALAVRAS”, diz um trecho, na íntegra.
Na época, o ContilNet entrou em contato com o então pré-candidato, que confirmou a veracidade da nota e disse que a Polícia Civil e o Ministério Público do Acre (MPAC) já abriram investigações sobre o caso.
VEJA TRECHO DA REPORTAGEM: