Campeonato Estadual de Poomsae da FETEAC reúne os melhores na modalidade; confira

Primeiro Campeonato Estadual de Poomsae reúne atletas de várias idades e associações, marcando um novo passo para o Taekwondo no Acre

Poucos sabem que no taekwondo não existem apenas competições de lutas; também há competições focadas na prática do que os coreanos chamam de poomsae. Além de promover autoconfiança e controle emocional, essa arte marcial cresce no número de praticantes a cada ano, e os que se dedicam ao poomsae no Acre vêm conquistando destaque em competições locais e nacionais.

O poomsae consiste em movimentos que simulam uma luta imaginária, com ataques e defesas. Cada movimento está associado à cor da faixa ou à ponteira do praticante. Embora essa modalidade ainda não seja olímpica, competições estaduais, nacionais, pan-americanas e mundiais já consagram atletas como campeões. No Brasil, o maior nome nessa modalidade é o Mestre Renato Ribeiro, vice-campeão mundial.

Neste domingo (13), às 8 horas, na quadra do Sesc do Bosque, a Federação Acreana de Taekwondo (FETEAC) organizou o primeiro Campeonato Estadual de Poomsae. Considerado um dos eventos mais esperados do ano, ele reuniu atletas de todas as idades, vindos de associações e academias de várias regiões do estado.

Mestre André Costa, ao centro, representante da Academia Black Belt, conquistou medalha de ouro no 1º Campeonato Estadual de Poomsae/Foto cedida

Uma das associações em destaque foi a ATAC, que desenvolve um trabalho social há mais de quatro anos na associação de moradores do Conjunto Esperança. Segundo o professor Charles Melo:

“Começamos com apenas dois atletas, mas com muita dedicação e entusiasmo. Como diretor de poomsae, buscamos aprimorar as técnicas dos alunos, e o resultado na competição foi muito positivo. Estamos caminhando a passos largos para conquistas maiores, sempre seguindo nosso lema: sem pressa para o que ainda vamos alcançar!”

Sobre o Poomsae

De acordo com o Mestre Tiago Marques, presidente da FETEAC, o poomsae é uma modalidade onde os praticantes realizam sequências de movimentos simulando combates contra adversários imaginários, usando chutes, socos e defesas com as mãos.

“A FETEAC, junto com a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), está otimista com o crescimento da modalidade no Acre. Tivemos mais de 75 atletas competindo, incluindo mestres 5° Dan, faixas pretas e coloridas de todas as idades.”

O nível técnico da competição foi alto, com disputas acirradas pelos primeiros lugares. Os campeões por equipe foram:

  • 1º lugar: Wl Brothers Team, liderada pelo Mestre Francirlei Souza (Mestre Ledinho) e a professora Aldeniza Fernandes, com 21 atletas;
  • 2º lugar: ATAC, do professor Charles Melo, com 6 ouros, 4 pratas e 2 bronzes (total de 12 medalhas);
  • 3º lugar: Black Tiger, dos professores Gusmão e Kleyton Moreira, com 6 ouros, 2 pratas, 1 bronze e um troféu por equipe;
  • 4º lugar: Projeto Anjos de Luz, liderado pelos irmãos Yasmim, Tamires e Ygor, com 2 ouros, 2 pratas e 1 bronze;
  • 5º lugar: Black Belt, com 4 ouros. Entre os medalhistas estão o Mestre André Costa, a professora Evelene Reis, Ana Clara Reis (faixa vermelha) e Henrique Bastos (faixa amarela com ponteira verde).
  • 6º lugar: Colégio Militar Dom Pedro II, liderado pelo Mestre Ivan Iwamoto, com ouro para Anabelle Duarte e prata para Rebeca Melo.

O primeiro lugar por equipe ficou com a Wl Brothers Team do Mestre Francirlei Souza (Mestre Ledinho) e da professora Aldeniza Fernandes, que participaram com 21 atletas/Foto cedida


Equipe Black Tiger, liderada pelo Mestre Gusmão e pelo Professor Kleyton Moreira, conquistou 6 ouros, 2 pratas e 1 bronze, além de um troféu por equipe/Foto cedida

O sexto lugar por equipe foi conquistado pelo Colégio Militar Dom Pedro II, liderado pelo Mestre Ivan Iwamoto. Anabelle Duarte ganhou ouro e Rebeca Melo, prata/Foto cedida

História do Taekwondo

O taekwondo surgiu oficialmente em 670 D.C., em Surabul, com o nome de Taekyon. Desenvolvido para aprimorar o desempenho de soldados, a prática incluía arcos, espadas e técnicas de combate com mãos e pés. Durante a ocupação japonesa, o Taekyon foi proibido por 36 anos, mas os coreanos mantiveram os treinos clandestinamente. Em 1955, após a Segunda Guerra Mundial, o nome taekwondo foi oficializado.

No Brasil, a arte marcial chegou na década de 1970, quando o general Choi Hong Hi enviou mestres para treinar militares brasileiros durante o governo de Emílio Garrastazu Médici. No Acre, o taekwondo foi introduzido em 1989 pelo Mestre José Carlos Gomes Guimarães (Mestre Juca), que formou dezenas de faixas pretas e mestres espalhados pelo estado.

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