Há quase 30 anos, professora acreana dedica a vida a cuidar de crianças: “É educar, acolher e proteger”

Natural de Sena Madureira, foi lá em que a carreira de professora começou. Após 15 anos de dedicação no município, ela decidiu se mudar para a capital Rio Branco, mas não deixou a sala de aula

Neste Dia dos Professores, o ContilNet conta a história de Inês Damasceno Gonçalves, que há quase 3 décadas dedica a vida a educar e ensinar crianças no Acre.

Inês acumula quase 3 décadas em sala de aula/Foto: Cedida

Natural de Sena Madureira, foi lá em que a carreira de professora começou. Após 15 anos de dedicação no município, ela decidiu se mudar para a capital Rio Branco, mas não deixou a sala de aula. Começou a lecionar na Escola Sheilla Nassarela, para a Educação Infantil, que abrange crianças de até 3 anos de idade. E até então, nunca abandonou a profissão.

“No início foi um impacto grande. Mas com o apoio pedagógico da coordenação, da convivência com os colegas, consegui me adaptar. Foi a partir disso que eu entendi que nós não apenas ensinamos crianças, nós as educamos e ajudamos com que elas estejam preparadas para enfrentar o mundo. E que elas podem isso”, disse.

“Cuidar de crianças é além de ensinar. É educar, acolher e proteger. Tudo isso ao mesmo tempo”, completou.

Na entrevista ao ContilNet, ela destacou qual foi o principal desafio enfrentado na sala de aula. A professora relembrou a época da pandemia de Covid-19, quando precisou se reinventar para assegurar a educação das crianças.

Apesar dos desafios, ela declarou que nunca pensou em largar a profissão/Foto: Cedida

“O maior desafio foi a adaptação das crianças. Como também do professor. As crianças que nós cuidamos já nasceram na época da pandemia. Eram crianças que viviam em casa, presas. E precisaram se adaptar com o convívio com os coleguinhas após a pandemia. Meu maior desafio foi acolher eles na adaptação. Eles chegaram muito ligados aos pais, com o medo de enfrentar o mundo. Cada ano o desafio é diferente. Nunca é o mesmo. Uma nova adaptação.  Não só das crianças, pois elas também precisam se adaptar à professora”, disse.

Apesar dos desafios, Inês declarou que nunca pensou em largar a profissão. “Você consegue acompanhar o crescimento, o desenvolvimento e o aprendizado de cada criança. E como elas mudam depois que chegam na sala de aula. Quando nós as recebemos, elas chegam indefesas. E quando nós as entregamos, dá para ver que elas se tornaram crianças com autonomia, com capacidade de conquistar tudo aquilo que elas desejam. Ajudar no desenvolvimento de um ser humano é a atividade mais linda que alguém pode desempenhar”.

PUBLICIDADE