“Não temos um cenário otimista”, diz Defesa Civil sobre possível enchente em 2025

Tudo isso pode estar alinhado a dois fenômenos conhecidos: o El Niño, que terminou no último mês e o La Niña

Após enfrentar uma estiagem histórica em 2024, o Rio Acre começou a voltar a ganhar um volume de água no mês de outubro. Com as chuvas intensas registradas nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal ficou em alerta para uma possível enchente nos próximos meses.

A maior cota registrada foi de 18,40 metros em 4 de março de 2015/Foto: Juan Diaz

Ao ContilNet, o tenente-coronel Claudio Falcão, coordenador da pasta, explicou que o cenário para 2025 ‘não é otimista’ e a Defesa Civil já trabalha com a hipótese de uma cheia até pior que a registrada neste ano, quando o Rio Acre atingiu a sua 2ª maior enchente da história.

“Nós temos previsões de a partir de dezembro comece a ter chuvas mais intensas. Não descartamos nenhuma possibilidade. Já trabalhamos com a situação de que isso – uma enchente grande – possa acontecer. Por isso nós estamos preparando todo um cenário para que todos estejamos prontos para atender todas as ocorrências de inundação em 2025”, disse.

Tudo isso pode estar alinhado a dois fenômenos conhecidos: o El Niño, que terminou no último mês e o La Niña – um fenômeno climático e oceânico que ocorre quando as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial se resfriam anormalmente -, que começou nos últimos dias.

El Niño deve impactar no clima do Acre/Foto: Reprodução

O coronel lembra que nenhum dos dois fenômenos costumam ser iguais aos anteriores, o que preocupa os especialistas, justamente em razão das mudanças climáticas, que vem trazendo eventos climáticos extremos. Como a estiagem deste ano foi recorde, naturalmente espera-se que as enchentes sigam o mesmo caminho.

“Precisamos estar sempre preparados para um cenário mais grave. Haja vista que nós temos visto uma nítida mudança climática nos últimos anos em que eventos extremos acontecem anualmente, não mais naquele intervalo de 4,5,8 anos. Nos últimos quatro anos, todos eles registraram eventos repetidos de inundação”, completou.

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