A Polícia Civil de São Paulo informou nesta quinta-feira (24) que quatro pessoas tiveram a prisão temporária decretada por suspeita de participação no atentado contra o prefeito de Taboão da Serra, na sexta-feira da semana passada. Os suspeitos tiveram reuniões preparatórias antes de realizarem o ataque e a motivação ainda não está clara.
O carro de José Aprígio (Podemos), candidato à reeleição, foi alvo de tiros na Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo à região Sul do estado. O político chegou a ser levado a um hospital com ferimentos.
Apenas um dos suspeitos foi detido até o momento, Gilmar Jesus Santos, encontrado com cerca de R$ 8.000 em dinheiro no momento da abordagem policial. Ele já tinha um mandado de prisão em aberto: cumpria pena por roubo de carga em um presídio no interior paulista e não retornou à unidade após uma saída temporária.
— Ele (Gilmar) disse que o dinheiro (que carregava no bolso) era de um carro que tinha vendido — diz o delegado Hélio Bressan, da Seccional de Taboão da Serra.
Outro que é procurado é Jefferson Ferreira de Souza, que teria auxiliado na fuga do local do crime em um segundo veículo. O carro usado para os disparos foi encontrado incendiado no Rodoanel. Os demais não tiveram a identidade revelada.
— O que nós temos é que o prefeito saía de um compromisso, um almoço, e fazia vistoria de obras ao longo de uma avenida. Ele sai do restaurante e a gente percebe que um carro sai de uma rua ao lado e vai perseguindo até que chega em um retorno, param e começam a atirar. Não posso falar nem de mandante ainda — disse Bressan.
Segundo o delegado, três dos quatro suspeitos têm uma “ficha criminal extensa” e todos se conheciam previamente ao crime.
—Antes do fato houve planejamento. Eles largaram o carro em um lugar que conseguiram, para fazer uma fuga com facilidade — afirma Bressan.