Falando na condição de ex-líder dos governos petistas de Binho Marques e Tião Viana na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), o ex-deputado estadual Moisés Diniz atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), fez duras críticas aos petistas locais pela politização do depoimento do governador Gladson Cameli ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília. O governador acreano está depondo nesta terça-feira (5) aos ministros do STJ em processo que tramita em segredo de Justiça pelas acusações da Operação Ptolomeu.
Numa carta aberta ao vereador eleito por Rio Branco André Kamai, que vem, como outros petistas, fazendo palanque eleitoral fora de época em torno do depoimento do governador, Moisés Diniz fala do que viu no passado, quando o PT governava o Acre.
”O senhor lembra da G7? Não era só investigação. Houve várias condenações, prisões e até morte. O senhor lembra dos ataques, do sofrimento das famílias? Depois a Justiça inocentou todos”, diz o ex-deputado Operação G7 foi uma operação deflagrada pela Polícia Federal, em maio de 2023, no governo de Tião Viana, nos mesmos moldes da Ptolomeu, que prendeu empresários e secretários de Governo todos acusados de corrupção e, ao final, todos foram absolvidos pela Justiça e considerados inocentes. O empresário Carlos Sasai, um dos acusados, morreu de depressão e infarto após a prisão e não viu sequer sua inocência ser declarada.
Na carta a Kamai, Moisés Diniz prossegue: “Eu, de verdade, estava saudando sua eleição como um avanço para a oposição ter mais voz na câmara de vereadores, o que é bom pra democracia. Mas, hoje, você quebrou essa expectativa. Ao atacar o governador (quando nem deputado você é), o nobre vereador politiza algo que é da alçada da Justiça”, diz.
E acrescenta: “Você é jovem. Não entre no jogo do rancor dos velhos caciques. Eles destruíram o PT”.