Treinador do Atlético-MG lamenta derrota, mas justifica irregularidade no Brasileirão

Treinador cita cobertor curto para jogar as três competições com o elenco titular

Gabriel Milito sofreu mais um revés no Campeonato Brasileiro. O time completou três rodadas sem vencer, e estacionou no 10º lugar. A última vitória no Brasileirão foi há quase um mês, no 2 a 1 sobre o Grêmio. A irregularidade na competição frustra o treinador do Atlético-MG, mas o comandante justifica o momento.

– Claro que as derrotas afetam muito. Não esperávamos a derrota de hoje, mas foi o que aconteceu e isso não pode ser negado. (…) É claro que no campeonato (Brasileiro) não conseguimos obter o resultados que obtivemos nas Copas. Gostaria de trabalhar muito para que isso aconteça, que tenhamos essa mesma regularidade, mas até agora não foi possível.

Gabriel Milito, Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético

Gabriel Milito, Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético

O treinador ressaltou que o time conseguiu chegar à duas finais de Copas (do Brasil e Libertadores), mas que só foi possível pelas decisões de mudar a equipe para disputar Brasileirão e os demais campeonatos.

– Alguns jogos deveríamos ter vencido, mas sei que se jogássemos sempre com o mesmo time, não estaríamos nas finais, não estaríamos nas finais para jogar a tripla competição com um desgaste físico e mental muito grande. Então é forçado a mudar, mas claramente somos duas equipes: uma equipe quando somos todos, uma equipe diferente quando não somos todos.

Na partida desta quarta, em que o Atlético-MG perdeu para o lanterna Atlético-GO por 1 a 0, Milito entrou com os titulares de Libertadores Deyverson e Fausto Vera – ambos não podem jogar Copa do Brasil. Rubens que foi opção no time de domingo, contra o Flamengo, também entrou no jogo em Goiânia. No decorrer da partida, Otávio, Guilherme Arana e Zaracho entraram para tentar ajudar a equipe.

– Eu sou o mais responsável porque decido que Hulk não vem, que Paulinho não vem, que não vem Battaglia, que não vem Alonso, que Alan Franco não vem, Scarpa não vem. Eu decido isso, mas é necessário. Se eu não tivesse decidido isso no Campeonato Brasileiro, não estaríamos abaixo, mas nas Copas, não estaríamos na final. Está muito claro.

“É impossível jogar com 12, 14 jogadores as três competições e as três correrem bem. Se você cobrir a cabeça, descobrirá os pés. Se você cobrir os pés, descobrirá a cabeça. Essa é a realidade.”

Agora o treinador volta a Belo Horizonte com sua equipe para seguir na preparação para o segundo jogo da final da Copa do Brasil. Com o placar negativo de 3 a 1 para o Flamengo, o Atlético vai a campo para tentar reverter um placar difícil no próximo domingo às 16h (de Brasília), na Arena MRV.

– Agora tentar recuperar e sair para ajudar a final, a segunda mão da final com muita energia para ver se é possível superar o Flamengo, a equipe vai dar tudo.

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