PF aponta envolvimento do ex-juiz do TSE, Sandro Nunes Vieira, em relatório contra urnas eletrônicas usado em trama do golpe

O g1 procurou o Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF-4) mas não obteve resposta até a publicação deste post

O juiz federal Sandro Nunes Vieira, que trabalhou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi citado no relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Relatório da PF aponta envolvimento do juiz federal Sandro Nunes Vieira em relatório contra urnas eletrônicas — Foto: Reprodução/TSE

Vieria não foi indiciado no inquérito. O g1 procurou o Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF-4) mas não obteve resposta até a publicação deste post.

De acordo com o relatório final da PF, o juiz atuou “de forma ilegal e clandestina” ao assessorar o PL a elaborar um documento com ataques sem provas às urnas eletrônicas e que foi utilizado em uma representação feita ao TSE contra a votação do 2º turno, na qual Bolsonaro foi derrotado. O partido não questionou os resultados do 1º turno, no qual elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados.

A investigação aponta que, em 16 de novembro de 2022, o coronel do Exército e então assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara mandou uma mensagem para o tenente-coronel Mauro Cid, braço direito do então presidente, pedindo que o nome de Sandro não fosse citado por Valdemar Costa Neto, presidente do PL , responsável por apresentar o documento com a contestação ao resultado do 2º turno.

“Preciso que você reforce com o Valdemar Costa neto para não citar em nenhum momento meu nome”, diz a mensagem de Câmara. “Dr. Sandro o nome do juiz”, escreve na sequência o militar.

No dia 19 de novembro, Valdemar, entretanto, citou o nome do juiz em uma entrevista.

PUBLICIDADE