‘Não consigo dormir com a coceira’, diz mulher que sofreu com picadas de percevejo em bar

A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma equipe da Vigilância Sanitária do Rio foi até um dos locais para averiguar a situação

Luisa Basilio, frequentadora do bar Ximeninho, na Glória, contou ao g1 que a coceira causada pelas picadas de percevejos, insetos que infestaram mesas e cadeiras de madeira de bares do Centro do Rio, provocou uma alergia tão forte que ela disse estar com dificuldade de dormir por conta do incômodo.

A Secretaria Municipal de Saúde enviou, nesta quinta (12), uma equipe até um dos locais para averiguar a situação.

“Não sei se é porque sou alérgica, mas não eu estou conseguindo dormir com a coceira. Vou voltar na emergência amanhã, está complicado mesmo”, disse Luísa.

Ela disse que, na sexta (6), um amigo contou estava no mesmo bar e sofreu com os mesmos sintomas, uma semana antes.

“Um amigo disse que a namorada dele, que esteve no mesmo bar na semana anterior, ficou toda empolada. Quando olhou as cadeiras, a menina descobriu que eram percevejos”, disse.

Luísa Basílio precisou tomar injeção no hospital para conter a alergia gerada pela picada dos percevejos — Foto: Arquivo pessoal

Mayara Marques, namorada de Luísa, publicou uma postagem que viralizou nas redes sociais contando sobre a reação alérgica aos percevejos. Os comentários diziam que as investidas dos insetos aconteceram principalmente nos últimos meses em bares da Lapa, Glória e Catumbi.

“Provavelmente é uma proliferação de percevejo mesmo no Rio de Janeiro. Na postagem que eu fiz, tem gente falando que até em Botafogo tem e também na casa de um amigo, na Tijuca. Então não é uma coisa pontual, entendeu? Eu acho que é um problema de saúde pública”, afirmou Mayara.

Procurados pelo g1, os responsáveis pelo restaurante Ximeninho afirmam que trocaram o mobiliário de madeira pelo de plástico assim que souberam da situação.

“O Grupo Os Ximenes teve conhecimento do ocorrido e já acionou os órgãos responsáveis da Prefeitura, que já foi ao local e informou que tomará as providências necessárias. Como medida preventiva, já foi realizada uma dedetização nas mesas e cadeiras e será realizada uma limpeza de alta pressão no mobiliário. As mesas e cadeiras foram substituídas por outras de plástico até que o problema seja sanado. Reforçamos que a saúde e o bem-estar de nossos clientes é nossa prioridade e pedimos que os afetados pelo problema nos procurem para que possamos prestar assistência”, disse a nota do restaurante.

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que uma equipe do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária do Rio (IVISA-Rio) foi até o local averiguar o ocorrido.

“O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (IVISA-Rio) recebeu na noite de quarta-feira (11) três solicitações registradas na Central 1746 para a rede de bares citada. Uma equipe do órgão esteve hoje (12) na filial Glória, onde teria ocorrido o fato relatado, para uma avaliação da situação, e verificou que o estabelecimento já foi desinsetizado e as cadeiras trocadas. Não foram encontrados sinais de percevejos no local. A equipe de zoonoses seguirá monitorando o caso”, diz a nota da SMS.

A secretaria também informou que não há, até o momento, registro de queixas para outros estabelecimentos. Denúncias e pedidos de vistoria devem ser feitos pelo telefone ou site da Central 1746 da Prefeitura.

O restaurante da rede "Os Ximenes" trocou todo o mobiliário de madeira pelo de plástico — Foto: Divulgação/Grupo Os Ximenes

O restaurante da rede “Os Ximenes” trocou todo o mobiliário de madeira pelo de plástico — Foto: Divulgação/Grupo Os Ximenes

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