Maestro acreano vai representar o estado em congresso internacional de música na Europa

O III Congresso Internacional - A Língua Portuguesa em Música: Camões, 500 anos”, vai contar com a apresentação do artigo científico produzido pelo maestro acreano

Afonso Portela é professor e maestro e representará o estado do Acre em um evento internacional no começo de 2025, entre os dias 13 e 15 de fevereiro de 2025, em território Português, na Universidade de Lisboa, capital lusitana. O III Congresso Internacional – A Língua Portuguesa em Música: Camões, 500 anos”, vai contar com a apresentação do artigo científico produzido pelo maestro acreano, intitulado “Abordagens para Interpretação Vocal da Canção Amazônica Farinhada – O Caso Waldemar Henrique”.

Maestro Afonso Portela na regência da Cantata de Natal em Rio Branco. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O material é derivado da pesquisa de doutorado em música, realizada pelo maestro Portela, durante seus estudos na Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc).

“Coletei gravações de nativos amazônicos, oralizando a poesia da canção ‘Farinhada’. Com esse material sonoro, criamos uma Tabela Comparativa de Sotaques da Amazônia Brasileira, para, então, aferir sobre o posicionamento da voz e sons, analisando as experimentações performáticas da referida música”, explicou Portela sobre seu trabalho.

Postela diz ainda que foram realizadas gravações com cinco pessoas, cada uma natural de um estado diferente da região norte. Após isso, o processo de análise e comparação de sotaques é analisado.

No artigo científico são apresentadas discussões a respeito das particularidades observadas nas distintas falas e relatos sobre as opções interpretativas adotadas por cada nativo, demonstrando as características vocálicas dos sotaques, ponto de ressonância e movimentação da língua de cada um dos indivíduos participantes”.

Portela foi coordenador-geral da Escola de Música do Acre (Emac) ENTRE 2021 e meados de 2024/Foto: Reprodução/Instagram

O maestro diz ainda que a pesquisa é apenas mais um ponto na discussão acerca de sotaques e maneiras de falar da região amazônica em canções e poemas, e que o principal intuito é expandir o assunto. 

“Fico honrado em contribuir com estudos sobre a prática artística na Amazônia, suas características e legados, além de compartilhar esses conhecimentos, representando o Acre, em um congresso internacional de música na Europa”, afirma o músico.

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