Filha que mandou matar o pai por herança de R$ 3 milhões trocou de carro e tentou vender bens após o crime, diz delegado

Mulher vendeu cabeças de gado, tentou vender imóveis, e esposo comprou um smartphone de alto valor, afirmou a polícia. Casal segue preso e executor está foragido

A filha que contratou um assassino para matar o pai e ficar com a herança de R$ 3 milhões trocou de carro e começou a vender bens após o crime, disse o delegado Peterson Amin. Desde o homicídio do fazendeiro, a mulher comercializou cabeças de gado, tentou negociar imóveis e trocou de veículo, enquanto o marido dela comprou um smartphone de alto valor, afirmou a polícia.

Homem foi morto em Campinorte, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O fazendeiro foi morto com dois tiros em uma emboscada no dia 1º de abril, na zona rural de Campinorte, no sul de Goiás. O genro e a filha dele são suspeitos de ordenar a execução para ficar com a herança, já que a mulher é a única herdeira do homem morto. De acordo com Peterson, o casal não tinha motivo aparente para precisar do dinheiro da herança com urgência.

“Eles não tinham nenhum tipo de dívida. Era puramente pelo valor da herança mesmo”, afirmou.

O casal foi preso no dia 20 de dezembro, em Campos Verdes, no norte de Goiás, depois que o executor do crime fez uma denúncia anônima à polícia. Ele enviou prints de conversas e de negociações com o genro do fazendeiro, depois de não receber o pagamento pelo crime, de acordo com a Polícia Civil. O executor segue foragido.

A Defensoria Pública informou que representou o casal suspeito de encomendar o crime durante a audiência de custódia, cumprindo o dever legal, mas não comentará o caso. De acordo com o delegado Anderson, os dois seguem presos após a audiência de custódia.

Como a DPE-GO não está presente permanentemente na comarca, será desabilitada do processo, cabendo aos acusados constituírem defesa ou à Justiça nomear um defensor. O delegado informou que a defesa dos suspeitos não se apresentou, até a última atualização desta reportagem.

A filha afirmou à polícia que o marido foi o responsável por organizar o crime e alegou que não o denunciou por medo,segundo o delegado Peterson Amin. O investigador, no entanto, disse que não acredita na versão apresentada pela mulher e afirma que ela também está envolvida no crime. O marido dela ficou calado durante o depoimento.

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