O acadêmico de direito Jeferson Barroso, 19 anos, filiado ao Partido Humanista da Solidariedade (PHS), é um dos mais jovens pré-candidatos a vereador em Rio Branco e no auge da juventude consegue aliar formação politica, valores éticos e planos para a juventude acreana.
Questionado pela motivação que o levou a colocar o nome à disposição de um pleito, Jeferson afirma que continua acreditando que a boa política é o mecanismo adequado de transformação e frisa que não se intimida diante da provável onda de descrédito enfrentada pela classe política em geral.
“A política é o meio de transformação social. Aqueles bem intencionados e quem deseja mudança devem se apropriar deste instrumento. Não creio na crítica pela crítica. Creio que precisamos apontar soluções, criar debates propositivos através da política partidária e representativa. Fui instigado a participar deste pleito e aceitei o desafio”, disse.
Diante da crise moral que atravessa a classe política por conta de inúmeros políticos estarem envolvidos em escândalos de corrupção, Jeferson garante que isto também não o intimida. “O que me incomoda um pouco é a questão da vala comum, criticar como se todos fossem iguais. Não são todos iguais. Não acredito nessa teoria de que a corrupção seja cultural. Eu acredito na crítica, desde que seja produtiva e aponte caminhos também.”
A respeito do papel da juventude na construção de um futuro melhor, Jeferson demonstra que acredita não apenas na construção do futuro, mas do próprio presente. Servidor da Secretaria de Ciência e Tecnologia, o jovem militante do PHS se tornou um dos maiores entusiastas do modelo da tríplice hélice, modelo de inovação baseado na relação governo-universidade-iniciativa privada.
“Tem sido uma experiência fantástica trabalhar perto do que eu acredito, que é baseada na perspectiva da universidade como indutora das relações com as empresas, o nosso setor produtivo e o governo, visando à produção de novos conhecimentos, inovação tecnológica e ao desenvolvimento econômico”, relatou.
Estudante do quarto ano de direito, Jeferson é daqueles estudantes que acreditam que o conhecimento acadêmico não pode ficar preso às paredes da academia e defende o aprofundamento em pesquisas como mecanismo de construção de conhecimento sólido.
“Com esse trabalho na Secretaria de Ciência e Tecnologia, temos feito uma articulação para estarmos mais próximos das universidades. Queremos que os jovens olhem o estado a partir da ciência, pesquisa, e não apenas da máquina pública. O ideal é todos entenderem a grande contribuição que a pesquisa possui como criadora de conhecimento, e esse conhecimento não pode morrer obsoleto, ele tem que ser levado para ser aplicado na prática”, disse.
A respeito da aproximação da classe política com a sociedade em geral, Jeferson diz que as casas políticas, como Congresso e Câmara dos Deputados, estão distantes da temática pesquisa e inovação. “Precisamos investir mais em ciência e tecnologia. O Senado e a Câmara não tem. Só vamos conseguir fazer as coisas girar bem quando houver esse diálogo. Quem gera conhecimento precisa ser valorizado”, finalizou.