Cumprindo agenda oficial no Estado do Acre, o secretário nacional de Saúde Indígena, Marco Antônio Toccolini, realizou diversos encontros nesta quarta-feira (17), nos centros do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) – Alto Rio Purus e da Casa de Saúde Indígena (Casai).
De Rio Branco, o secretário segue para Cruzeiro do Sul, retornando na madrugada de sexta-feira (19) para Brasília. Contudo, os desafios da saúde indígena, de acordo com o representante nacional, são em nível nacional, pois trata-se de uma questão de direitos básicos, já que os indígenas têm direito ao acesso à saúde pública.
“As dificuldades e as reclamações vêm de todas as regiões do Brasil. A mais comum entre elas trata da falta de atendimento dos índios na rede pública, quando estão sendo referenciados para os hospitais municipais e estaduais. Este trabalho, visitando hospitais, prefeituras e secretários de saúde, é para que a saúde indígena seja entendida como uma preocupação de todos da área”, explicou Marco.
Amanda Ribeiro, chefe da Casai, diz que a visita é primordial para consolidar e divulgar o trabalho realizado na saúde indígena: “Ao longo deste ano, ampliaremos o espaço para atender nossa atual demanda, reforçar a atenção nos polos de atendimento, e acolher os membros das comunidades para que haja atenção nas aldeias e na capital”.
Para o atual gestor do DSEI, Sérgio Oliveira, é importante que Marco compreenda a realidade dos indígenas acreanos: “É muito benéfico ver que as ações nacionais estão dando visibilidade ao Acre. Sempre prezamos pelo melhor atendimento e pelo respeito às comunidades”.
O Distrito atualmente atende sete polos, sendo dois no Estado do Amazonas, um em Rondônia, e quatro no Acre, localizados nos municípios de Assis Brasil, Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira.
Ari Kaxarari, também representando o Distrito Sanitário, enfatizou que, para novas mudanças e melhorias, é essencial o apoio dos políticos. “Quero fazer um apelo para os deputados federais e senadores do Acre, para que se lembrem de dar atenção não apenas à saúde, mas às várias necessidades que os povos indígenas precisam suprir”, disse.