Temer admite voo em jatinho da JBS, mas diz que não sabia quem era o dono

O governo admitiu nesta quarta-feira, 7, que o presidente Michel Temer viajou em um jatinho da JBS, em 2011, de São Paulo para Comandatuba, na Bahia, acompanhado de Marcela, sua mulher. Na ocasião, Temer era vice de Dilma. Em nota, a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto informou que Temer ‘não sabia a quem pertencia a aeronave’ e não pagou pelo serviço. Na noite desta terça (6) o governo chegou a emitir nota oficial em que afirmava que a viagem foi realizada em um avião da FAB.

Contudo, nesta quarta, o governo recuou e admitiu que o então vice-presidente usou ‘aeronave particular’ no dia 12 de janeiro para se deslocar de Congonhas em São Paulo a Comandatuba, ‘deslocando-se em seguida a Brasília, onde manteve agenda normal no gabinete’. O voo de volta a São Paulo ocorreu dois dias depois. “A família retornou a São Paulo, usando o mesmo meio de transporte.”

Temer pode ter ficado em ‘saia justa’ após revelação /Foto: Reprodução

Segundo a nota oficial, no retorno do passeio à Bahia, Temer deslocou-se ’em seguida a Brasília, onde manteve agenda normal no gabinete’. O dono da JBS, Joesley Batista, entregou à Procuradoria-Geral da República um diário de voo de seu jatinho com informações sobre viagens do presidente Michel Temer.

O caso foi revelado pelo site O Antagonista e confirmado pelo Estado. De acordo com os documentos do Learjet PR-JBS entregues pelo acionista do grupo J&F, Temer teria viajado com a mulher, Marcela, em 2011 em pelo menos duas oportunidades – na época, o peemedebista era vice de Dilma Rousseff.

Uma das viagens do casal relatadas no diário foi entre Comandatuba, na Bahia, e São Paulo. A outra foi para Porto Alegre. No diário de bordo consta a anotação “Família sr. Michel Temer”.

A apuração, que servirá apenas como prova de corroboração sobre a relação de Temer com Joesley, será feita dentro do inquérito já instaurado contra o presidente.

O empresário entregou as informações sobre os voos para reforçar sua versão apresentada no acordo de colaboração premiada de que mantinha “estreita relação” com Temer.

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