“Ano passado, infelizmente, não pude participar dessa procissão. Mas esse ano, consegui vir. É importante para mim poder caminhar e mostrar que enfrento as dificuldades da vida. Mas é também um agradecimento, uma forma de mostrar a Jesus que sou grata pelas bênçãos dele.”
Esse é o sentimento que move a agente comunitaria de saúde Dulceídes Souza e centenas de fiéis na tradicional procissão do feriado de Corpus Christi, celebrado nesta quinta-feira (15).
Expressão latina para “Corpo de Cristo”, a solenidade cristã é celebrada na quinta-feira após os domigos de Santíssima Trindade e de Pentecostes. Originou-se no século XIII e tornou-se tradição em todo o Brasil, integrando o calendário da comunidade católica.
A festa religiosa celebra o mistério da eucaristia, ou seja, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Na data, acontecem diversas missas e procissões, onde é conduzido o Santíssimo Sacramento.
Este ano, a procissão aconteceu logo após a missa das 17h, realizada na Catedral Nossa Senhora de Nazaré com sermão do Bispo Dom Joaquín. A caminhada de centenas de fiéis seguiu pelas ruas Epaminondas Jácome, Floriano Peixoto, Marechal Teodoro e Avenida Brasil.
De acordo com o padre Manoel Costa, atual reitor da Catedral, o sacramento da eucaristia celebra a presença e o amor concretos do Cristo ressuscitado: “Neste dia, assim como em todos os outros, devemos sentir o amor de Jesus, que, por amor à Humanidade, sacrificou-se pela nossa salvação.”
Para a professora Ana Souza, celebrar Corpus Christi ajuda na integração da comunidade católica: “Existe um bem-estar em prestigiar esse momento. Sem Deus, não temos nada, não somos nada. Agradecer sempre pela dádiva da vida tem sido uma obrigação pessoal”.