Instalação de dança “Gotas” esteve em Rio Branco neste fim de semana

Estimular a contemplação e o despertar da rotina são alguns dos objetivos da instalação de dança “Gotas”, que proporciona um momento de contemplação da humanidade e da dança presentes nas pequenas coisas do cotidiano. O núcleo Maya-Lila trouxe neste sábado (22) e domingo (23), a arte ao público que circulou pela Gameleira e Parque Ambiental Chico Mendes, a partir das 11h.

Três bailarinas fazem poses penduradas em casulos de tecidos que transparecem delicadamente a silhueta humana/Foto: reprodução.

A Turnê do núcleo artístico Maya-Lila, já percorreu cidades dos Estados de São Paulo e Bahia e por Portugal, e esteve pela primeira vez na região Norte com apresentações também em Manaus (AM), Belém (PA) e Macapá (AP).

Depois de intervenções realizadas em São Paulo, Bahia e em Portugal, agora foi a vez dos moradores da capital acreana prestigiarem a instalação interativa que tem sessões de aproximadamente 90 minutos.

“É uma arte diretamente relacionado com uma pausa do olhar, pois estamos parados em poses, em “Gotas” querendo realmente estimular as pessoas a observarem o ambiente de uma maneira mais sensível, conectando às sutilezas do movimento”, explica a bailarina Marilia Coelho.

Para a Doutora em Dança pelo Centro de Estudos da Dança, Melina Scialom, trazer o “Gotas” para o Norte do país está sendo uma experiência fantástica para o grupo.

“Trazer as gotas para a região é ter a chance de levar a poesia do movimento produzida no Sudeste para se misturar ao Norte Amazônico do Brasil, onde a natureza nativa do país ainda revela sua potência. Para nós é um privilégio poder inserir nossa arte e se misturar ao público local, que tem a chance de trazer seu próprio imaginário para dentro da obra.”

Além de Rio Branco, a turnê de “Gotas” passará em julho também por Manaus (AM), nos dias 17 e 18, e por Belém (PA), em 27 e 28. Em agosto estará em Macapá (AP) nos dias 1 e 2 de agosto.

A alguns metros do chão, as artistas dançam uma lenta coreografia em uníssono/Foto: reprodução.

GOTAS

Três bailarinas fazem poses penduradas em casulos de tecidos que transparecem delicadamente a silhueta humana. A alguns metros do chão, as artistas dançam uma lenta coreografia em uníssono, onde criam diferentes e contemplativas posições dos corpos suspensos.

O líquido que escorre sobre cada casulo e pinga no chão dá forma de seiva e veias a estes “frutos”. Sob cada artista há um regador com água que está disponível para o público interagir se desejar.

Estas curiosas imagens, avessas e extraordinárias, geram uma distorção na paisagem rotineira das pessoas, chamando atenção para a contemplação e a desaceleração do estado de presença. Neste momento de percepção, é possível observar a dança do ambiente que acolhe a instalação, já que a longa duração das poses corporais evidenciam o movimento ao redor.

Esta obra cria uma analogia poética entre os sistemas reprodutivos dos seres humanos e dos vegetai, pois as pessoas “brotam” e podem ser cultivadas pelos transeuntes, que têm a chance de interagir com a instalação.

 

 

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