Presidente da Fieac diz que crise política e financeira no Brasil segue sem perspectiva de fim

União e serenidade para desenvolver

A crise política e financeira no Brasil segue sem perspectivas de fim. O estrangulamento das contas públicas, a baixíssima aprovação popular do Governo Temer e o total descrédito da classe política em geral contribuem para esse cenário extremamente preocupante. E embora a economia comece, mesmo que timidamente, a apresentar os primeiros sinais de recuperação, o aceno do governo federal para um possível aumento de impostos pode resultar no agravamento da recessão.

E assim como os demais Estados do país, o Acre também sofreu e ainda sofre com os impactos dessa instabilidade. A redução dos repasses constitucionais da União, por exemplo, tiveram reflexos demasiadamente negativos e provocaram a paralisação de diversos investimentos públicos. O Estado também foi castigado com a queda na própria arrecadação de impostos, sobretudo do ICMS.

A crise também contribuiu para o fechamento de diversas empresas no Acre e, consequentemente, para a queda no nível de empregos. O setor industrial, obviamente, também sentiu o baque, principalmente o ramo da construção civil e a indústria de transformação.

José Adriano Ribeiro da Silva, presidente Fieac/Foto: reprodução.

Mesmo assim, é preciso reconhecer que o Acre tem encarado a crise de frente. Com muito esforço do governo do Estado e a coragem e ousadia da iniciativa privada, conseguimos atravessar os anos de 2015 e 2016. Já neste ano, é possível observar sinais de recuperação em diferentes segmentos. A gestão do governador Tião Viana tem adotado uma postura elogiável ao fortalecer e incentivar investimentos na modalidade “público-privado-comunitário”, com resultados satisfatórios em cadeias produtivas como a da proteína animal (aves, peixes, suínos e outros).

Devido a essas iniciativas arrojadas das esferas pública e privada, a perspectiva é que o cenário econômico tenha, muito em breve, melhoras significativas. Prova disso é que, segundo pesquisa de sondagem industrial da CNI, a expectativa do empresário acreano torna-se mais positiva.

Essa confiança é reforçada quando se vê a chegada de grandes empreendimentos ao Estado, como a Havan, loja que inaugurou sua unidade no Acre neste mês gerando 200 empregos diretos. O Supermercado Mercale, de empresários da terra, e que também abriu suas portas na última semana, é mais uma prova de que o setor privado voltou a investir forte no Acre.

Já sabemos o caminho que queremos seguir. O caminho da união e da serenidade. É assim que estamos conseguindo atravessar por este momento de incertezas e de dificuldades. Nossas indústrias voltaram a contratar e tivemos o primeiro semestre com saldo positivo nos empregos. Isto é um sinal de confiança no futuro. O empresário só contrata e aumenta sua produção quando tem perspectivas sobre um mercado forte e firme.

Teremos meses decisivos pela frente. Poderemos criar as condições para termos um país melhor e mais próspero. Por isso, a indústria acreana exige de seus representantes compromisso público. É preciso deixar de lado interesses escusos, que servem a uma pequena minoria.

*José Adriano Ribeiro da Silva é presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre.

 

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