Publicado na última terça-feira (5) no site do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), o caso do vereador acusado de mandar nudes para uma adolescente ganhou repercussão nos últimos dias, especialmente devido ao segredo de justiça que protege a identidade dos envolvidos.
De acordo com o TJ, na época dos assédios, a menina estava com idade de 12 anos. A mãe contou que, por acaso, ao mexer no celular da filha, viu que o contato do parlamentar estava bloqueado no aplicativo WhatsApp. Quando questionada, a menina teria começado a chorar e dito que ele enviou “algumas coisas” que ela tinha apagado.
“Sem acreditar, pedi que ela desbloqueasse o número dele e de repente chegaram várias fotos dele de todo jeito. Eram fotos bem pesadas”, revelou a mãe, que conhece o vereador há anos, sendo que ele costumava frequentar a casa delas, já que a mãe da menina chegou a trabalhar várias vezes pedindo votos para que ele chegasse à Câmara do município.
Atualmente com 16 anos, a jovem teve medo de contar para alguém sobre as investidas do vereador porque tinha medo de que não acreditassem nela, já que o parlamentar era bastante amigo da família. A adolescente precisou fazer acompanhamento psicológico.
As imagens (“nudes”), de acordo com a denúncia, foram encaminhados pelo aplicativo WhatsApp com um pedido de que ela também mandasse fotos sem roupa. O juiz Fábio Farias destacou em sua decisão que a ação foi confirmada por testemunhas, provas documentais e ainda por atendimento psicossocial e laudo técnico pericial realizado no celular da adolescente.
A mãe revelou que também vai entrar com um pedido oficial na Câmara de Vereadores de Sena Madureira para que o parlamentar seja afastado. O parlamentar foi condenado a 2 anos e 6 meses, que foram revertidos em serviços comunitários, além de pagar uma indenização no valor de R$ 46.850 (cerca de 50 salários mínimos) à vítima.
Com informações do site G1 Acre