Medo e tensão na hora de uma prova são emoções comuns em sala de aula. Mas quando, de repente, o temido Pennywise entra na sala, a situação ganha ares lúdicos e a tensão diminui. Esse é o objetivo do professor universitário Giovanni Casseb, de 39 anos de idade, do curso de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Atuando há nove anos como efetivo de carreira no magistério superior, Giovanni conta à equipe da ContilNet que as produções tiveram início após ser convidado para uma aula da saudade com o tema “Moulin Rouge”. “No outro ano, recebi um novo convite com o tema ‘Tomorrowland’, e fui fantasiado como Coringa. Durante o curso da disciplina de fisiopatologia, que é particularmente difícil para muitos alunos, uma acadêmica enviou um e-mail dizendo que a prova era “A Hora do Pesadelo”, igual ao filme. Peguei a deixa e apliquei o teste fantasiado de Freddy Krueger”, explicou.
Embora pareça exagero para alguns, o docente afirma que a ação lúdica incentiva positivamente os estudantes no momento dos exames: “Se acertarem as questões, incluindo prova oral, eles são os heróis e derrotam o vilão. Gosto de prova oral porque eles serão médicos e os pacientes fazem perguntas de todo tipo, então, em uma prova oral com eles, busco saber o diagnóstico e no final, se as respostas forem corretas, o paciente é diagnosticado e curado”.
Sobre a próxima produção, Giovanni mantém segredo, mas garante que a brincadeira “Heróis contra Vilão” irá continuar, porém apenas em sala de aula. “Nunca participei de competições de cosplay. Só faço isso em sala de aula, como forma de amenizar o impacto do desempenho acadêmico”, disse.