Com os nomes dos principais pré-candidatos ao Governo do Estado já definidos, o debate em torno de suas qualidades e alianças deveria tomar conta do bate-papo político entre os acreanos. No entanto, um fenômeno um tanto quanto diferente vem ocorrendo.
Após ver o vice-presidente Michel Temer se tornar o homem mais importante da República com o impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff, o eleitorado acreano parece ter finalmente entendido a importância de votar não somente no candidato majoritário, mas em toda a chapa proposta por ele.
A escolha em torno dos nomes dos vices de Gladson Cameli e Marcus Alexandre para as próximas eleições tem tomado conta das rodas de conversa dos eleitores e admiradores da política acreana.
Marcus confirmou sua pré-candidatura e apresentou o secretário de Segurança, Emylson Farias, como o candidato a vice-governador de sua chapa. A escolhe foi prontamente criticada por boa parte do eleitorado acreano, que julga como não satisfatório a gestão de Emylson à frente de uma das pastas mais importantes do Acre.
Com a dura missão de controlar uma guerra entre facções criminosas, combater o narcotráfico nas fronteiras e manter a segurança nos centros urbanos inflamados do Acre, os números não parecem falar a favor de Emylson, visto que o número de vítimas do mundo do crime e sentimento de insegurança da população seguem em uma crescente ainda sem ponto final.
Já Gladson manobra a dura missão de unificar os partidos de oposição em um único conglomerado em busca de enfim chegar à alternância de poder no Governo. Uma das maiores problemáticas em torno disso é a escolha do vice que vai compor a chapa do senador acreano.
Se por um lado PR, PMN, PPS, PSDB e PSC optaram pela renovação indicando o nome do médico recém-chegado na política, Eduardo Veloso (PSDB), o PMDB opta pela tradição e o nome já consolidado de Tião Bocalom, do Democratas.
Dirigentes do PMDB afirmaram também cogitar o nome do Coronel Ulysses como uma possível alternativa a não aceitação do nome de Bocalom.
Neste caso, o eleitorado acreano parece ter opiniões bem dividias em prol da escolha de Gladson. Se boa parte acredita que Bocalom possa trazer força e solidificar a candidatura de Gladson, outra parte prefere crer que trazer nomes novos na política como Eduardo e Ulysses pode ser a renovação que impulsione e renove os ares de esperança por uma nova maneira de fazer política no Acre.
A realidade é que a chegada de Temer ao poder acordou nos acreanos a atenção política vital para analisar com maior cuidado a chapa que será responsável pelo destino do Acre nos próximos quatro anos. O eleitorado parece finalmente ter entendido que os cargos majoritários não são formados de um só nome, mas sim de um projeto e seus representantes.