De estarrecer
O deputado federal Major Rocha (PSDB) estaria criando uma frente contra o pré-candidato ao Senado pelo MDB, Marcio Bittar. E teria prometido fazer campanha em todo o estado contra o desafeto político. A atitude do tucano é contraproducente – além, é claro, de estarrecedora. Senão, vejamos.
Quem quer comprar a briga?
A frente anunciada pelo presidente regional do PSDB só conta com ele próprio até o momento. Antes mesmo de persuadir outras siglas, entre as quais o PSD do senador Sérgio Petecão, Rocha teria dito que vai atrás de apoio para colocar em prática sua vingança particular.
A serviço do PT
A decisão de Rocha, quer ele queira, quer não, acaba por fortalecer a virtual candidatura dos postulantes ao Senado do PT – Jorge Viana, que concorrerá à reeleição, e Ney Amorim, atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
Fala sério!
Como o Major espera obter apoio do PSD à sua cruzada se Bittar, por onde tem andado, dá reiteradas demonstrações de que pedirá votos para si e para o senador Sérgio Petecão durante a campanha eleitoral deste ano?
Muito cuidado nessa hora
No mais, Rocha esquece apenas um detalhe – e o mais importante de todos: sua reeleição não está garantida. O perigo da tentação de passar a campanha a dissuadir os eleitores de Bittar é que o parlamentar tucano se concentre nisso demasiadamente, esquecendo-se de si mesmo…
Somos gratos pela audiência
Wherles Rocha, a propósito, gravou um vídeo em que desanca este site de notícias, com direito inclusive a infamantes trocadilhos. Prova de que nos acompanha diariamente. Neste aspecto, o ferrenho adversário do PT se ombreia às irritadiças militantes da esquerda, que (sem saber ao certo por qual razão) vivem de insultar o jornalismo da Globo, mas não perdem um só capítulo de suas novelas preferidas…
Acredite se quiser
Prefeito Marcus Alexandre (PT), pré-candidato da Frente Popular ao governo do estado, afirmou em entrevista ao site Juruá em Tempo, de Cruzeiro do Sul, que terá como prioridade o crescimento da economia, caso seja eleito governador.
Perguntar não ofende
Como pode um representante do continuísmo petista falar em crescimento econômico, quando a única coisa que cresceu no Acre nos últimos 20 anos foi o saldo bancário dos companheiros de partido?
Mais uma questão
Como pode Marcus Alexandre tentar nos vender a ideia de que nos colocará no bonde do desenvolvimento econômico quando, dois anos atrás, a maquinista Dilma Rousseff – sua correligionária – fez descarrilar a locomotiva inteira?
Afronta
É no mínimo afrontoso que Marcus Alexandre se utilize agora de uma promessa que nos foi feita por Tião Viana oito anos atrás, e cujo resultado é um dos mais estrondosos fiascos da política acreana nos últimos 20 anos.
Bazófia
A não ser que o conceito de crescimento econômico se resuma a geração de empregos – e este à nomeação de aliados nos cargos comissionados –, a campanha do atual prefeito será um estelionato eleitoral tão grave quanto foi a sua promessa de governar Rio Branco até 2020.
Perdulário
Dos R$ 24 milhões mensais gastos com remuneração de mais de 7 mil servidores, R$ 1,8 milhão são destinados ao pagamento de salário dos comissionados, que somam 444 pessoas – ou 8% do total.
Calote
Enquanto a prefeitura e o governo do estado bancam a boa vida dos que ganham até R$ 21,3 mil por mês, funcionários e fornecedores do complexo Peixes da Amazônia amargam o calote, conforme denunciado pela deputada estadual e Eliane Sinhasique (MDB) e reportado neste site pela colega Nany Damasceno.
Símbolo da inabilidade
Com mais de R$ 3 milhões em dívidas, a Peixe da Amazônia é hoje o maior símbolo da inépcia do governo companheiro quando o assunto é geração de emprego e renda.
Inversão de valores
O mais grave talvez resida nas prioridades do atual governo petista, que mantém 16 assessores especiais com salários que variam entre R$ 13,4 mil e R$ 19,9 mil – e ao custo anual de R$ 4,7 milhões.
É cada uma!
Em resumo, as dívidas de um empreendimento público-privado, que emprega – ou empregava – dezenas de pessoas e ainda prometia gerar renda a outras centenas de produtores e fornecedores está com as portas cerradas porque o governador Tião Viana, padrinho político de Marcus Alexandre, insiste em manter 16 ‘aspones’ ao custo de quase R$ 5 milhões por ano.
É só pesquisar
Empregar companheiros e aliados, por sinal, é uma política do PT em nível nacional, e não apenas no Acre. Basta o leitor fazer uma pesquisa sobre o número de ministérios e cargos comissionados durante os governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio e Dilma Rousseff.
Aposta no mapinguari!
De volta a Marcus Alexandre, eis o candidato do PT que, uma vez eleito, haverá de promover o tão propalado desenvolvimento econômico do Acre. Mais fácil é acreditar na existência do mapinguari, não é verdade?