Acre avalia Plano de Contingencia da Hidrelétrica de Jirau e sugere que a cota seja readequada

Foi durante uma videoconferência entre governo do Acre e a empresa Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela gestão da Usina Hidrelétrica de Jirau, realizada nesta quarta-feira, 31, que a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA) avaliou o plano de contingencia do empreendimento e sugeriu novas inserções.

Vera Reis, diretora técnica do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), pontua as sugestões do governo do Estado. “Apresentamos algumas preocupações relacionadas à cota de vazão, estabelecida para acionar as medidas de mitigação de riscos. Sugerimos que a cota seja readequada, tendo em vista que, em 2014, tivemos a interrupção do tráfego da estrada com uma cota ainda menor que a prevista no plano”, explicou.

A sugestão acreana foi acatada pela gerencia da ESBR, que se comprometeu em realizar o alteamento da rodovia BR-364 nos trechos vulneráveis as águas do Rio Madeira, detectados pela Defesa Civil Estadual.

Victor Paranhos, diretor institucional da ESBR convidou o coordenador da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Batista, para auxiliar na adequação do plano de contingência. O encontro será promovido na sexta-feira, na sede da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia.

Segundo Batista a ação é preventiva. “Vamos unificar os planos de contingencia do Acre, Rondônia e Jirau nesta reunião, no intuito de assegurar que, em caso de inundação dos trechos vulneráveis, possamos agir de imediato garantindo o fluxo de caminhões na rodovia e o abastecimento do estado”.

Trafegabilidade da rodovia
O nível do Rio Madeira, no Abunã, registrou nesta manhã a marca de 19,78 metros. A cota não afeta o tráfego da BR-364, que continua normalizada. A lâmina de água do manancial está a mais de um metro de distância da estrada.

O rio, que tem dado sinais de vazante, já apresenta a redução de mais de um metro, entre a cota máxima atingida este ano e o nível atual.

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