Com o peito estufado e certo de que obteria êxito em seu feito, o lobo não consegue derrubar a casa de tijolos do porquinho Prático e mesmo entrando na casa pela chaminé, viu sua cauda sendo queimada. O lobo então fugiu e nunca mais voltou. Assim termina o conto do Os Três Porquinhos compilado na obra Contos do Folclore Inglês (English Fairy Tales) do escritor e folclorista australiano Joseph Jacobs e que se tornou popular, em 1933, após animação feita pela Disney. Mas, na campanha da Fundação SOS Mata Atlântica, a história tem continuação e uma nova releitura com mensagem voltada para a conservação da Mata Atlântica.
Produzida em parceria com a agência DPZ&T, a campanha Os 3 Porquinhos e a Mata Atlântica mostram uma continuação para a história, relacionando-a diretamente com a importância da restauração do bioma. A campanha será veiculada na TV, nos cinemas, jornais, rádios, portais, em redes como Facebook e YouTube, além dos canais institucionais da ONG.
“Nossa versão começa depois que a história original acaba! Sentindo-se seguros pelos muros de tijolos, os animais destroem a floresta para construir mais casas, empresas e indústrias. O que eles não esperavam era que a mata fosse fazer tanta falta…”, diz Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
O vídeo, feito em animação pela Vetor Zero, é narrado pelos animais, que representam as pessoas e a luta pela preservação ambiental. O filme nos apresenta um novo cenário, em que o progresso e a natureza podem viver em harmonia. E mostra que, mesmo restando apenas 12,4% de mata nativa, é possível reverter a situação e construir um ambiente harmonioso entre os seres humanos e a floresta.
Assista ao vídeo da campanha Os 3 Porquinhos e a Mata Atlântica:
Atenção: contém spoilers
Para os mais novos que não conhecem a clássica fábula dos Três Porquinhos, Prático, Heitor e Cícero saem da casa de sua mãe e cada um constrói uma casa, Cícero construiu uma cabana de palha, Heitor decidiu construir uma cabana de madeira e Prático, uma casa de tijolos. O Lobo que habitava na floresta, queria devorar os porquinhos e para isso teria que destruir as suas casas que eram a proteção dos animais. Muito forte e com um sopro devorador, o lobo conseguiu colocar as cabanas de palha e madeira abaixo. Heitor e Cícero fugiram para a casa de seu irmão Prático, onde conseguiram se proteger na resistente casa de tijolos, vendo o seu rival desistir.
No vídeo da campanha, vemos o lobo soprando a casa sem conseguir derrubá-la. A história dá a entender que depois de muito tempo, a floresta foi totalmente industrializada, árvores derrubadas, lagos com lamas, muita sujeira e destruição. Os papéis se invertem, os porquinhos tornam-se poderosos industriais e o lobo junta-se com os outros animais em prol do renascimento de uma nova floresta. Mas no fim, os porquinhos e os outros habitantes da floresta se conscientizam da importância de plantar e conservar
“Cantar pra mudar e a semente levar. A nossa canção, nosso mundo na mão. Replantar pra criar um mundo melhor, com respeito e união. É o recomeço e não é o fim.” Assim, cantam o lobo e os animais, assim deseja a SOS Mata Atlântica com a campanha.