Agentes fazem protesto na Aleac e denunciam caos em sistema penitenciário do Estado

Os agentes penitenciários realizam protesto na manhã desta terça-feira (27) no hall da Assembleia Legislativa contra o que eles classificam como um caos no sistema carcerário do Estado. De acordo com eles, além da superlotação nos presídios, ainda há a carência na infraestrutura dos presídios, a falta de condições de trabalho e atraso no pagamento de benefícios.

Manifestação ocorreu nesta terça-feira/Foto: ContilNet

De acordo com o agente René Fontes, há defasagem no número de profissionais para atuar na segurança das cadeias. Fontes afirma que a quantidade de agentes hoje na ativa é baixa para dar conta de uma população carcerária superior a 6.000 pessoas.

Um das reivindicações é um maior efetivo de agentes/Foto: ContilNet

O Acre tem hoje, proporcionalmente, uma das maiores populações encarceradas do Brasil. Facções criminosas brigam pelo controle dos presídios.

“Estamos aqui para denunciar o caos que está o sistema penitenciário que sabemos que não é de hoje. Infelizmente a gente se habituou a viver com o caos, mas hoje a gente não se sente em condições de carregar o sistema penitenciário nas costas”, diz Lucas Bolzoni, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre.

Agentes denunciam caos no sistema penitenciario/Foto: ContilNet

Um dos exemplos recentes sobre os problemas no setor foi a fuga, no último fim de semana, de seis presos do Complexo Prisional Francisco de Oliveira Conde, o FOC. Bolzoni denuncia que havia apenas dois agentes para cuidar de quase 300 presos do pavilhão onde ocorreu a fuga.

De acordo com o sindicalista, a desproporção entre agentes e presos é alarmante. Ele pede contratação emergencial de agentes e o pagamento de promoções e o prêmio anual de valorização da atividade penitenciária, que estão atrasados desde janeiro.

De acordo com Lucas, as condições de trabalho dos agentes são insalubres dentro das cadeias, com esgoto a céu aberto e proliferação de doenças. O presidente do sindicato também afirma que o governo estadual não tem aplicado recursos próprios, e que os poucos investimentos que ocorreram nos últimos meses são de verba federal.

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