O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto do Brasil em 2018. De acordo com relatório de pespectivas para a economia mundial divulgado nesta terça-feira, a economia brasileira deverá avançar 2,3% neste ano.
O número representa um aumento de 0,4 ponto percentual em relação à última estimativa apresentada em janeiro, de 1,9%.
O FMI também revisou a projeção para 2019. O Fundo prevê agora um crescimento de 2,5% ante estimativa anterior de alta de 2,1%.
No documento, o FMI cita que a inflação no Brasil está próxima do mais baixo nível histórico e diz que o crescimento de 2,3% esperado para a economia do país neste ano e de 2,5% para 2019 deve ser sustentado pelo consumo e investimento privado mais fortes.
Para o médio prazo, o FMI projeta um crescimento mais moderado, de 2,2%, impactado pelo “envelhecimento da população e pela produtividade estagnada”.
“No Brasil, a Reforma da Previdência continua sendo uma prioridade para garantir que os gastos (do governo) sejam consistentes com as leis fiscais para garantir sustentabilidade no longo prazo”, destacou o documento.
Estimativa do FMI é menor que a da média do mercado
Apesar da revisão para cima, a projeção do FMI continua abaixo da média das estimativas dos analistas do mercado brasileiro.
Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,80% para 2,76%, segundo pesquisa focus do Banco Cental divulgada na véspera. Foi a terceira queda seguida do indicador. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.
FMI mantém sem alterações previsão de crescimento global
A previsão de crescimento mundial foi mantida pelo FMI em 3,9% em 2018 e 2018.
O Fundo Monetário Internacional manteve sem alterações sua previsão de um crescimento global de 3,9% para este ano e em 2019, em um contexto ofuscado pela possibilidade de um conflito comercial generalizado e riscos geopolíticos.