Afrontas e desfeitas acompanham caravana de oposição pelo interior do Acre

Depois de cinco invernos

Depois de cinco longos anos, finalmente saiu a licitação para a compra de fardamento para os policiais militares do Acre. Conforme matéria deste portal de notícias, o anúncio foi feito na segunda-feira (16), no Diário Oficial do Estado.

Vitória

Trata-se de uma pequena vitória dos PMs em relação aos direitos que vinham sendo descumpridos pelo atual governo. E reflexo da crise econômica que chegou, em 2015, em forma de tsunami no mercado brasileiro.

Indícios por todo lado

Aliás, outros indícios de que a crise teve grande impacto sobre as finanças públicas estaduais podem ser vistos todos os dias no noticiário. Como, por exemplo, o fato de um grupo de servidores do Deracre, contratados sem concurso público, não ter recebido o valor da rescisão após mais de 90 dias da data da demissão, conforme matéria deste postal de notícias.

Só no nosso!

Enquanto isso não se ouve falar em um só ato de contenção de despesas que não sejam aqueles que impactam sobre os serviços públicos oferecidos aos cidadãos, como ocorreu na OCA. Em relação aos cargos de livre nomeação, cujas despesas são superiores a R$ 8 milhões por mês, não se ouve falar de nenhum ajuste nas contas.

Não tem como esconder

As ranhuras entre os dirigentes partidários e pré-candidatos que compõem a aliança do senador Gladson Cameli (Progressistas), postulante ao governo do Acre nas eleições de outubro deste ano, chegaram à Assembleia Legislativa em forma de pronunciamento feito pelo deputado estadual Jairo Carvalho (PSD).

Na cola

Segundo o parlamentar, as brigas existem e serão sanadas ao seu tempo. Pode ser. Acontece que elas têm acompanhado, par e passo, a caravana de Gladson aonde quer que esta vá.

Histórico 

Em Sena Madureira, no evento da oposição no último sábado (14), o entrevero ocorreu porque os organizadores da caravana não chamaram a publicitária Charlene Lima, presidente regional do PTB, para compor a mesa, junto com os pré-candidatos majoritários.

Troco

Natural do município, Charlene retaliou com um duro pronunciamento contra antigos aliados. E acabou por causar mal-estar dentro da oposição.

Desfeita

Em Tarauacá,  a rusga aconteceu com o delegado aposentado e ex-deputado estadual Walter Prado, natural do município. Prado não teria recebido convite para compor a mesa da reunião – conforme também já havia ocorrido em Sena.

Boca no trombone

Walter Prado disparou contra os organizadores do evento, desta vez acertando a prefeita Marilete Vitorino (PSD). Foi além, ao criticar a infraestrutura viária de Tarauacá.

Em trincheiras opostas

O terceiro episódio a marcar as relações entre os integrantes da aliança de Gladson diz respeito à guerra silenciosa travada entre o atual prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, e o antecessor e ex-padrinho político Vagner Sales – ambos, ainda, do MDB.

Gramática política

O advérbio (ainda) empregado acima está relacionado ao ‘convite’ de Sales para que Ilderlei Cordeiro deixasse o MDB, onde manda o primeiro em Cruzeiro do Sul. O prefeito deverá se filiar ao Progressistas, de Cameli.

Mínimo do mínimo

Necessário explicar que a briga entre os dois está, claro, relacionada ao poder no Vale do Juruá. Não bastasse o fato de ter reduzido ao mínimo do mínimo a influência de Vagner em sua gestão, Ilderlei resolveu afrontar o antigo padrinho político com o lançamento da pré-candidatura de um tio para a Câmara Federal, pondo em risco a reeleição da deputada Jessica Sales (MDB), filha de Vagner.

Caminhos distintos

E aos eventos dos quais participa o prefeito cruzeirense pela oposição, Sales faz questão de não comparecer para não ser obrigado a cumprimentá-lo.

Marcha da discórdia

É, enfim, nessa marcha que seguem os partidários da aliança de oposição e alguns pré-candidatos que apoiam a virtual candidatura de Gladson Cameli ao governo. São tantas e tão evidentes as rusgas, ofensas e provocações que o deputado Jairo Carvalho se viu obrigado a citá-las em seu discurso desta terça-feira, na Aleac.

Réu tucano 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na tarde desta terça-feira (17), tornar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) réu no inquérito que apura suposto pedido de propina à empresa JBS.

Cinco a zero

A decisão foi unânime, com placar de 5 a 0 contra o parlamentar. Depois do ministro Marco Aurélio Mello, relator do inquérito derivado da denúncia da Procuradoria-Geral da República, votaram a favor do relatório Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.

Mala de dinheiro

Aécio foi denunciado pela PGR por suposto recebimento de propina de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, que gravou a conversa.  Esse valor, segundo o delator, teria sido entregue em parcelas a pessoas próximas do parlamentar mineiro. A Polícia Federal chegou a filmar a entrega de dinheiro vivo a um primo do senador. Além disso, ele foi acusado por obstrução da justiça. A defesa do parlamentar nega as acusações.

E agora, Luiz?

Este colunista suspeita, porém, que os apoiadores do ex-presidente Lula não estão nada satisfeitos com o resultado da votação no STF. Afinal de contas, a resposta dos ministros, somada às ações da Operação Lava Jato, que avançam sobre o staff do presidente Michel Temer, põe por terra a delirante tese de que o PT e Luiz Inácio são vítimas de uma trama internacional.

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