Entre julho de 2017 e 2 de maio de 2018, o Brasil registrou 394 mortes por febre amarela, informa o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. No boletim anterior, que contabilizou dados até o dia 17 de abril, o país registrava 342 mortes.
As mortes no país vêm aumentando desde que o vírus da febre amarela passou a circular em outras regiões, principalmente no Sudeste — antes, a doença no Brasil só ocorria mais frequentemente em áreas da região amazônica.
Também nos últimos dez meses a pasta confirma 1257 casos da doença. Em relação ao número de casos, houve um incremento de 100 novos em relação aos dados do dia 17 de abril: quando 1157 infectados foram confirmados.
Uma ressalva é que o Ministério da Saúde não confirma os casos e os óbitos na mesma hora em que ocorrem; e, por isso, esses dados de agora podem ser referentes a dias anteriores. A data se refere à divulgação do Ministério da Saúde.
Com isso, a pasta informa ainda que outras 1499 notificações estão sendo investigadas e podem ser confirmadas ou descartadas nos próximos boletins.
Sobre o perfil demográfico da doença, os dados mostram que a maior parte dos casos ocorre em pessoas do sexo masculino, em idade economicamente ativa.
As regiões mais afetadas são aquelas que não tinham recomendação para a vacina anteriormente — como o Sudeste. É também na região que se concentra o maior número de mortes (a única de fora aconteceu no Distrito Federal).
Um dado relevante é que São Paulo e Minas Gerais concentram 82% das mortes, segundo os dados do ministério.
Casos tendem a diminuir com inverno e vacina
O país espera que ações de vacinação ajudem a diminuir o número de casos e mortes. Ainda, o número de casos tende a cair a partir desse mês com a chegada do inverno, já que o vírus da febre amarela tem sua circulação mais frequente no verão.
A pasta informa que de janeiro a a abril desse ano encaminhou 25,1 milhões de doses da vacina aos estados. Só para os estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo foram enviadas 18,4 milhões de doses.
O ideal é chegar a 95% de cobertura vacinal, informa a pasta. Até agora, Rio de Janeiro vacinou 55,46% e Bahia 55,03%. O Ministério da Saúde não informou a cobertura vacinal do estado de São Paulo.