Suposto boicote a Ney Amorim sugere favorecimento a Jorge Viana na corrida ao Senado

Santos do pau oco

Acostumados a afirmar que a oposição é um balaio de gatos, os próceres da Frente Popular do Acre dão sinais de que também não vivem um clima de perfeita harmonia.

Reclame

É o que sugere uma denúncia feita por assessor do presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Ney Amorim (PT), segundo a qual sua pré-candidatura ao Senado da República tem sido boicotada pelo governador Tião Viana.

Plano engenhoso

Ocorre que as ausências de Tião são sempre – e coincidentemente – acompanhadas pela saída do estado da vice-governadora, Nazaré Araújo (PT), o que obriga que Amorim também se ausente do Acre a fim de não assumir o governo e, assim, tornar-se inelegível.

Solicitação

De acordo com o apoiador do postulante ao Senado, já repousa sobre a Mesa Diretora da Aleac novo pedido para que o governador e a vice se ausentem por cinco dias. Com isso, Ney Amorim fica impedido de percorrer os municípios do interior, tendo, também, que manter-se fora dos limites do Acre.

De mal a pior

A fonte deste site assegura que além do referido documento, outra solicitação já vem sendo cogitada – e com prazo de longos 15 dias de ausência do governador e da vice.

Minúcias

Como Ney Amorim é o terceiro na linha sucessória do governo, as viagens de Tião Viana e Nazaré Araújo o obrigam a fazer o mesmo, sob pena de, assumindo o cargo, tornar-se inelegível pela regra eleitoral.

Austeridade moral

Assim sendo, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre, a discretíssima desembargadora Denise Bonfim, é obrigada a desempenhar as funções de chefe de estado. E sob o princípio de não aceitar quaisquer vantagens, recusando-se, inclusive, a usar carro oficial e despachar no gabinete do governador.

Temor

De volta aos companheiros, a denúncia contra o boicote a Ney Amorim acena para o receio de que ele venha a suplantar Jorge Viana (PT) na contagem de votos, podendo desalojar o correligionário do cargo e desfazer sua fama de político imbatível nas urnas.

Sustentação

Este colunista conversou com um pré-candidato ao PT para a Assembleia Legislativa, que confirmou o mal-estar entre os grupos de Amorim e os próceres da Casa Rosada.

Pugilismo

Nosso interlocutor foi além: revelou que a briga dentro da FPA é renhida e que os bons companheiros, durante as eleições, costumam adotar a máxima de que do ‘pescoço pra baixo tudo é canela’. Ele mesmo receia ser alvo de algumas pernadas covardes.

Patas e serpentes

Como se pode concluir, há dois ninhos cujos ovos costumam se espatifar antes mesmo de eclodir, deixando de revelar se se os filhotes são de patas ou de serpentes.

Incansável como as formigas

O advogado e ex-juiz eleitoral Mauricio Hohenberger tem feito um trabalho de formiguinha. Conversa daqui, ouve dali, Maurício, ao seu modo discreto e sempre polido, vai tratando de pavimentar o caminho em sua pretensão de chegar à Assembleia Legislativa do Acre.

Capitão Hohenberger

Pré-candidato a deputado estadual pelo PSL, ele estará no palanque dos correligionários coronel PM Ulysses Araújo, postulante ao governo do estado, e do presidenciável Jair Bolsonaro. Com um detalhe até então desconhecido pela coluna: detentor da Medalha da Honra Militar, Mauricio Hohenberger ostenta a patente de capitão. É, portanto, um sujeito três estrelas.

Campanha difamatória

Os integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre), que no município de Cruzeiro do Sul conseguiram tirar o prefeito Ilderlei Cordeiro do sério, têm sido alvos de uma campanha difamatória após enorme repercussão do protesto que fizeram no 1º de maio, Dia do Trabalho.

Intriga da oposição

Composto por jovens na faixa dos 20 e poucos anos, o MBL cruzeirense despertou a ira de Ilderlei, ao ponto de seus apoiadores, a mando dele ou não, promoverem um contra-ataque aos manifestantes. E os argumentos usados são os mesmos de sempre: os apaniguados do alcaide argumentam que o movimento está a serviço do adversário Vagner Sales (MDB).

Contraponto

Caio Campos, um dos líderes do MBL no município, negou, em conversa com a coluna, que seus membros sejam filiados a partidos e garantiu que eles rejeitam qualquer tipo de apoio político. “Não queremos partidarizar o movimento, que pertence à sociedade”, garantiu.

Repúdio

O jovem Caio é autor de uma nota de repúdio aos ataques sofridos pelo MBL. O texto pode ser lido na página que o movimento mantém na rede social Facebook. Veja aqui.

Fake News

Circula nas redes sociais a falsa informação de que a presidenciável Marina Silva (Rede Sustentabilidade) teria assinado carta em favor do casamento entre homossexuais.

É preciso checar

Em uma rápida pesquisa na web, não há uma referência atual sequer sobre o assunto. Muito pelo contrário, o jornalista Luis Nassif, em 2014, já havia noticiado que Marina havia retirado do seu programa o item que defendia a união de pessoas do mesmo sexo.

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