número de mortes relacionadas à gripe dobrou no país em relação aos seis primeiros meses do ano passado. De janeiro a junho deste ano, 2,7 mil pessoas foram identificadas com a doença e 446 morreram. Em 2017 eram 1,2 mil registros de influenza e 204 mortes.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o último boletim da pasta, a taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,18% para cada 100 mil habitantes. A média de idade entre a maioria das vítimas era de 52 anos.
Ao mesmo tempo em que há um aumento no número de casos, a Saúde também avaliou que o país registra uma “baixa cobertura vacinal”. Até esta terça-feira (12), 42,6 milhões de pessoas foram vacinadas em todo país. O número representa 77,6% da população prioritária que deveria receber as doses. A meta inicial é alcançar 54,4 milhões de pessoas.
“Para nós, hoje, a estratégia está voltada principalmente para crianças de até 5 anos, em creches ou escolas”, explica o ministro Gilberto Occhi.
“Teremos, então, uma atuação mais ativa, para buscar essas pessoas do público-alvo.”
Em todo país, 11,8 milhões de pessoas do público-alvo ainda não se vacinaram. Para o Ministério da Saúde, a baixa cobertura registrada até o período “acendeu um alerta”. A preocupação, segundo a pasta, é com a proximidade do inverno, período considerado de maior circulação do vírus da gripe.
Dentre as regiões, a Sudeste é a que teve a menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 70,9%. Em seguida, as regiões Norte (72%), Sul (81,3%), Nordeste (84%) e Centro Oeste (91,4%).
Os estados de Goiás, Amapá e Ceará foram os únicos que atingiram a meta de 90%. Já os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 53,6% e Rio de Janeiro, com 57,3%.
Público-alvo
As crianças de 6 meses a 5 anos de idade e as gestantes, um dos grupos prioritários mais vulneráveis à gripe, registram o menor índice de vacinação contra a gripe, com cobertura de apenas 61,5% e 66%, respectivamente.
Já o público com maior cobertura da vacina contra a gripe no país, é de puérperas – mulheres que tiveram filhos em menos de 45 dias –, com 91%, seguido pelos professores (90,9%), idosos (85,8%) e indígenas (86,1%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 83,4%.
A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
A partir do dia 25 de junho, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, o Ministério da Saúde prevê que a vacinação poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos.