Gilmar Mendes livrou Aécio Neves do rolo de Furnas e, de quebra, calou os companheiros

Arquivamento

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, reconhecido pelos brasileiros até quando viaja a Portugal, resolveu arquivar os inquéritos contra os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Jorge Viana (PT-AC). E viva o STF!

Comemoração

Inocentado no caso em que figurava como beneficiário de 1,5 milhão de reais, supostamente recebidos da Odebrecht via caixa 2 – segundo os delatores da empreiteira na Lava Jato –, o parlamentar petista tratou de comemorar a decisão de Gilmar Mendes.

Ficha-limpa

Escreveu Jorge Viana em sua fanpage na rede social Facebook: “Sempre tive a consciência tranquila. Eu e o governador Tião Viana jamais cometemos qualquer ilegalidade. Estávamos sendo vítimas de uma injustiça. Recebo a decisão de hoje como a manifestação da Justiça da mais alta corte do país. Livre desse processo, tenho a felicidade de dizer que sou um político ficha-limpa”.

Nada a declarar…

Bem, o mesmo vale para o colega Aécio Neves – pelo menos no caso de Furnas, que foi definitivamente pra gaveta depois da canetada de sua excelência, o ministro do STF. Mas isso, claro, Jorge Viana não disse.

Em suma…

O parlamentar do Acre, aliás, segue a velha cartilha do Partido dos Trabalhadores: o Judiciário brasileiro só acerta quando trata de inocentá-los. Quando os condena – conforme ocorreu no caso do ladrão-mor Luiz Inácio Lula da Silva, é porque os magistrados, desembargadores e ministros integram a onda de perseguição ao PT.

Jogada de mestre

É claro que foi só uma coincidência, mas o ministro do Supremo deu um xeque-mate no PT ao incluir o senador Jorge Viana no arquivamento dos inquéritos. Com isso, salvou o parlamentar mineiro e calou a torcida contrária. Genial, não é verdade?

Marcação cerrada

Ônibus circulam pela Capital com busdoors fazendo propaganda de dois deputados do PT. Nas redes sociais, os oposicionistas lembram que a passagem acabou de ser reajustada para 4 reais sob os aplausos dos companheiros.

Ouvido de mercador

O senador Gladson Cameli (Progressistas) faz ouvido de mercador para os emedebistas que ameaçam deixá-lo órfão de apoio nos municípios governados por eles, caso não ceda à aliança com o MDB. E assim, fingindo que a arenga não é com ele, vai levando os aliados no bico.

Todos têm razão

Ocorre que os emedebistas têm razão – tanto quanto Gladson também tem. Aqueles por emprestarem apoio à sua pré-candidatura ao governo, e este porque o MDB se acostumou a crescer subindo nas costas dos outros.

Imaginem só!

Já imaginaram como ficaria Cruzeiro do Sul caso o Progressistas e o MDB se juntassem numa única chapa para deputado estadual e federal – com o prefeito Ilderlei Cordeiro a dividir o palanque com Vagner Sales? Pois é…

Antevéspera

Em Capixaba, o problema é idêntico. O prefeito Zé Augusto (Progressistas) tratou de pôr a boca no trombone contra os aliados emedebistas – afirmando que estes últimos tentam lhe dar um golpe, a partir de uma tentativa de lhe minar as bases. E olha que a campanha nem começou.

Chateado

Lira Xapuri, depois de dar declarações aos jornalistas sobre sua decisão de disputar uma vaga na Câmara Federal junto com a Frente Popular, ao invés de seguir com sua pré-candidatura rumo ao governo estadual, foi às redes sociais afirmar que a imprensa havia distorcido suas palavras.

Recado digital

Repórter das antigas, um amigo do colunista – que publicou as declarações de Lira –, lhe mandou um recado, também pelo Facebook: como tem por costume gravar todas as suas conversas telefônicas – haja vista que alguns entrevistados cantam de galo pela manhã e à tarde piam como pintassilgos –, era melhor que o postulante à Câmara Federal pesasse as palavras, caso contrário revelaria o inteiro teor do bate-papo.

Tiro e queda

A propósito, esse episódio me fez lembrar depoimento de Marcelo Odebrecht ao juiz Sérgio Moro, no qual houve uma tentativa do advogado de Lula de acuar o depoente com perguntas capciosas. Odebrecht calou Cristiano Zanin com a seguinte afirmação: “Quanto mais eu falar, mais vou complicar a vida do seu cliente”. Zanin não deu mais nem um pio.

Duas perguntas

De volta a Lira a Xapuri, me perguntaram ontem o que acho de sua decisão de desistir da virtual candidatura ao governo: “Acertada”, respondi. E quanto ao fato de ele decidir se candidatar à Câmara dos Deputados na chapa capitaneada pelo ex-prefeito Marcus Alexandre? “Um erro crasso”, foi minha resposta.

A gente explica

Com o PT a cair de podre pelos escândalos bilionários no governo federal, e pelo desempenho sofrível do governador Tião Viana, Lira Xapuri vai entrar na política pelas portas do fundo. Isso basta, né?

Questão de ordem

Com isso não quero dizer que Lira deveria se aliar à oposição, tanto faz se com Gladson ou com o coronel Ulysses Araújo. Ele não estava sozinho até aqui? Por que agora se bandear para o lado do PT? Caso queira se justificar, este espaço está aberto.

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