Apenas 5 municípios brasileiros têm desenvolvimento alto em Emprego e Renda: São Bento do Norte (RN), Capanema (PR), Telêmaco Borba (PR), Selvíria (MS) e Cristalina (GO).
Os dados são do último Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal, divulgado na última quinta-feira (27) com dados PARA 2016 de 5.471 municípios onde vivem 99,5% da população brasileira.
O Índice geral tem três eixos (Emprego e Renda, Educação e Saúde) baseados em dados oficiais dos respectivos ministérios (Trabalho, Educação e Saúde).
A nota varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, melhor é o desenvolvimento da cidade. Para ser considerada de desenvolvimento “alto”, a nota precisa ficar acima de 0,8.
Na parte de Educação, focada em indicadores de ensino básico como taxa de abandono e posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 2.391 municípios brasileiros conseguiram uma nota maior do que 0,8.
Em Saúde, eixo que considera variáveis como atendimento pré-natal, mortalidade infantil e óbitos evitáveis, 2.698 municípios ficam acima da nota de 0,8.
Em Emprego e Renda, foram apenas os 5 municípios citados. Os critérios utilizados foram geração de empregos formais (anual e média trienal), geração de renda (anual e em relação à média trienal), taxa de formalização, massa salarial e desigualdade de renda no trabalho formal. Diversifique sua renda:Investir na bolsa é mais fácil do que você pensa. Veja o passo a passo com a Empiricus. Patrocinado
A capital brasileira mais bem posicionada neste eixo foi Florianópolis, em Santa Catarina, no 27º lugar com nota 0,7680. São Paulo está em 493º, com nota 0,6452.
A nota média brasileira em Emprego e Renda é de 0,4664, uma leve alta em relação ao ano anterior após duas quedas consecutivas em 2014 e 2015.
“A partir de 2013 tivemos a maior crise que o país já passou, e isso está capturado de forma bastante clara na variável de Emprego e Renda”, diz Jonathas Goulart Costa, coordenador de estudos econômicos da FIRJAN.
O motivo para a leve recuperação do Índice de Emprego e Renda em 2016 foi de que apesar de 60% das cidades terem continuado fechando vagas, houve melhora na massa salarial e na renda média.
“O movimento é explicado pelo aumento no rendimento real do trabalhador formal, em parte por conta da política de reajuste do salário mínimo”, diz a nota da FIRJAN para a imprensa.