Os robôs com função de aspirador de pó já chegaram ao mercado nacional em diversos modelos e preços. Programados para limpar casas e escritórios, os aparelhos inteligentes costumam surpreender pelos caminhos traçados para encontrar e limpar a sujeira, além da tecnologia que os permite voltar sozinhos para seus locais de recarga, sem que o usuário precise fazer qualquer comando.
Para entender como funcionam os robôs e quais ferramentas estão por trás da inteligência dos aparelhos, confira, a seguir, os detalhes sobre os sensores dos aspiradores de pó inteligentes. Saiba também sobre o mapeamento feito pelos equipamentos, que podem entrar até mesmo embaixo dos móveis, e conheça quais modelos estão à venda no Brasil.
Sensores
Para se mover livremente e fazer a limpeza do ambiente, um robô aspirador de pó utiliza principalmente sensores para detectar obstáculos e perigos, além de medir as distâncias em que deve trabalhar. As programações dependem de cada fabricante e modelo, mas costumam abrigar sensores de obstáculos, escadas e paredes.
Os sensores de obstáculos ficam localizados perto do para-choque de absorção do robô. Com o recurso, o aparelho é capaz de identificar objetos pelo caminho, como mesas e cadeiras, conseguindo desviar sem bater nas peças. Em alguns aparelhos, a velocidade é reduzida quando se aproxima do item para que o robô possa tocar levemente e empurrar caso seja algo leve como uma cortina.
Já os sensores de escada, também chamados de sensores de Cliff para identificar “penhascos” são um item importante para a segurança do robô, que pode quebrar em quedas. Neste caso, os sinais infravermelhos emitidos pelo aspirador inteligente ficam a todo instante buscando identificações na superfície. Caso não localize, imediatamente muda de direção.
Não menos importante, principalmente para evitar batidas no rodapé do ambiente, um robô com função de aspirador também costuma contar com sensores de parede. Esses detectam as paredes, também com o infravermelho, e passam a acompanhá-las para limpar ao longo das bordas, mas com uma distância para evitar impacto.
Em modelos mais recentes de robôs, os sensores são capazes de identificar portas abertas para explorar novos ambientes. No entanto, vale ressaltar que quando as áreas livres são muito grandes corre o risco da limpeza se tornar irregular, com o aparelho seguindo caminhos mais aleatórios e menos determinados, como ocorre em salas pequenas.
Mapeamento
Além dos sensores, o mapeamento também pode auxiliar no funcionamento do aspirador smart. A tecnologia, integrada nos equipamentos mais recentes e avançados, utiliza câmeras digitais acopladas no dispositivo, ou lasers de detecção. Assim, é capaz de coletar dados, combinar informações e construir uma espécie de mapa mental do ambiente a ser limpo.
O sistema também é conhecido por VSLAM (Vision Simultaneos Localization and Mapping, Localização Simultânea Visual e Mapeamento, em tradução livre). Com ele, as limpezas feitas pelo robô tendem a se tornar mais precisas e eficientes, já que com toda a planta da sala armazenada no software, o aparelho consegue definir caminhos mais ordenados, movendo-se em linhas retas.
Entre os equipamentos com a ferramenta de mapeamento disponível está a Série 900 Roomba, da iRobot – uma das fabricantes com produtos à venda no Brasil. Os modelos também são capazes de identificar seus pontos de recargas para que possam retornar sozinhos às bases.
Sucção
Como os robôs fazem para aspirar a sujeira? Neste caso, o funcionamento é semelhante a modelos tradicionais: sucção. Enquanto o motor do aspirador funciona, as escovas de sucção varrem e “sugam” detritos espalhados pelo piso. Tudo que é puxado fica armazenado em uma caixa, que deve ser esvaziada manualmente ou, em modelos avançados, automaticamente pelo robô.
Um ponto interessante do trabalho do aspirador smart durante a sucção é a identificação de locais com muita sujeira. Para isso, alguns aparelhos contam com um sensor extra próximo a escova de limpeza. O dispositivo é responsável por identificar a pressão quando a sujeira sobe para a caixa. Caso seja forte, o robô interpreta que há necessidade de passar novamente pelo local.
Modelos à venda no Brasil
O mercado nacional já conta com algumas opções de robôs aspiradores de pós. Há aparelhos básicos, intermediários e avançados à venda, com preços entre R$ 699 e R$ 5.299. Um dos mais simples, o Housekeeper Mini, conta com um conjunto de sensores para limpar a casa sozinho, com bateria de cerca de uma hora.
O iRobot Roomba 980 é o mais moderno e, consequentemente, mais caro. O modelo conta com sistema de limpeza com Power Boost para aumentar a potência em áreas mais sujas, otimização para limpar tapetes altos e aplicativo para agendar ações e receber relatórios do trabalho. Com Wi-Fi, o robô é compatível com o Amazon Alexa e Google Assistente para receber notificações quando tudo estiver pronto. A bateria dura mais de duas horas, segundo a fabricante.
Para quem quer investir em um aparelho intermediário há modelos como o iRobot Roomba 690, por R$ 2.199, o Deebot Slim Ecovacs por R$ 1.799 e o R96 Wi-Fi Smart por R$ 4 mil. Todos contam com design compacto e programações para limpeza automática.