Deputados Leo de Brito e Daniel Zen tentam reescrever a História para salvar o PT e a si mesmos

História sem ‘h’

Ao comentar o drama da segurança pública no Acre, a partir da repercussão negativa das declarações dadas pelo secretário Vanderlei Thomas, o deputado estadual Daniel Zen (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre, tentou reeditar a História do Brasil.

Com grifo da coluna

Disse ele haver “de fato, gargalos no custeio” das polícias no estado, tais “como combustível para viaturas, decorrente da crise econômica, gerada pela política desastrosa do governo Temer” (o grifo é meu).

Má-fé

Não reputo o deputado Daniel Zen um sujeito desinformado – por isso me resta a única alternativa de o tachar, neste caso, como sujeito de má-fé.

Não tem conversa

O que para muitos é mero detalhe, para mim se configura no essencial. Pois uma vez que um parlamentar – ainda que seja do Partido dos Trabalhadores, para o qual o juiz é corrupto e o ladrão vem a ser o único capaz de salvar a Pátria – se mostra impedido de reconhecer que quem quebrou o país foi a ex-presidente Dilma Rousseff, no lastro de decisões que vinham sendo tomadas pelo ladrão-mor do seu partido, é fácil chegar à conclusão de que não há o que se debater com essa gente.

Sem remissão

Passar pelo vexame de tentar deturpar os fatos para que eles caibam no bolso do paletó é chamar a todos nós de idiotas. E se eles não falam aos esclarecidos, dirigindo suas palavras aos desavisados, na tentativa de convencê-los de suas verdades pessoais, tal tática está longe de redimi-los do mau-caratismo.

Outro destaque

Há que se destacar ainda a chorumela do deputado federal Leo de Brito, também do PT, que se aventurou a interpretar a fala do secretário Vanderlei Thomas, no que tange à guerra entre as facções. O resultado nos leva a uma só conclusão: do mesmo modo como deturpam a História, os companheiros são capazes de recontar um conto aumentando nele quantos pontos forem necessários.

Ladainha

Leo de Brito voltou a culpar o governo Temer pelo descalabro na segurança pública. E para provar que está certo, ele citou o corte de R$ 70 milhões nas emendas de bancada destinadas à segurança pública no Acre.

Perguntar não ofende

A coluna tem uma pergunta a Leo de Brito: onde estava vossa excelência em janeiro de 2012, quando a companheira Dilma Rousseff cortou 1,036 bilhão de reais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci)?

Palpite

Creio que o Sr. Leo de Brito não estava na Câmara, já que a presidenta certamente esperou o recesso parlamentar para meter a tesoura nos recursos públicos destinados à segurança, certo?

Matemática financeira

Mais uma coisinha: gostaria de saber se o deputado petista faz a mínima ideia de quantos por cento são 70 milhões de um R$ 1,036 bilhão.

Ninharia

Como o parlamentar não se dará ao trabalho de fazer as contas, e o leitor da coluna é sempre bastante curioso – o que vem a ser uma qualidade, claro! – este colunista responde: meros 6,75%!

Remedinho

Portanto, trate o deputado Leo de Brito de tomar Memoriol – ou seria Simancol? – antes de vir com suas lengalengas sobre o corte no Orçamento do governo federal para a segurança pública!

Terceiro fato digno de nota

Bem, como já revelamos quantos petistas são necessários para se trocar uma lâmpada, vamos, agora, ao terceiro fato a ressaltar na coluna desta sexta-feira: o anúncio feito pelo secretário Vanderlei Thomas sobre a compra de fardamento para os policiais militares do Acre.

Panos quentes

A ‘novidade’ foi ‘apresentada’ durante a coletiva de imprensa que o governo improvisou, na tentativa de conter maiores danos à sua imagem a partir das desastradas declarações do próprio Sr. Thomas.

Me engana, que eu gosto!

O pitoresco é que ele tratou do assunto como se fosse uma questão urgente no âmbito do governo – e como se os militares não estivessem há mais de cinco anos à espera das fardas.

Placares  

Depois dessa, só a gente assistindo ao Brasil vencer a Bélgica por 3 a 0. Quanto à segurança pública no Acre, vou continuar apostando na derrota do estado por 7 a 1 para a bandidagem…

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