Uma força-tarefa composta por procuradores da república irá atuar no combate de crimes como mineração ilegal, desmatamento e grilagem de terras públicas na Amazônia Legal. A “Força-Tarefa Amazônia” terá um prazo de 18 meses para atuar e sua criação foi divulgada em uma portaria assinada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (22).
De acordo com o do Ministério Público Federal (MPF), inicialmente, seis procuradores lotados nos estados da Amazônia Legal compõem a equipe, que foi idealizada a partir de demandas da sociedade durante o Fórum Diálogos Amazônicos, realizado pelo Ministério no Amazonas.
Para a Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do MPF (4CCR), que aprovou a criação da força-tarefa, a atuação integrada irá promover uma troca de experiências para aperfeiçoar o combate aos crimes na Amazônia.
“É preciso construir mecanismos macro de compreensão e dimensionamento do crime ambiental organizado na Amazônia, bem como compartilhar o conhecimento adquirido com o manejo desses casos concretos”, disse em nota Nívio de Freitas, subprocurador-geral e coordenador da 4CCR.
A procuradora Ana Carolina Haliuc Bragança, que irá coordenar a força-tarefa, afirma que o grupo também poderá articular e aprimorar o diálogo do MPF sobre questões específicas da região com outras instituições, como Ibama, Polícia Federal e Exército.
“A experiência será pioneira em dar tratamento organizado e articulado a problemas que são enfrentados, atualmente, de modo pulverizado em diversas unidades do MPF no bioma amazônico, dedicando-se ao combate do crime ambiental organizado, à adoção de mecanismos preventivos e promocionais de tutela ao meio ambiente”, comentou a procuradora da República, em nota.