Último sabatinado pelos jornalistas do site ac24horas, o senador Gladson Cameli, candidato ao governo do Acre pelo Progressistas, garantiu que se for eleito vai diminuir a quantidade de cargos em comissão criados pelo atual governador, Tião Viana (PT). “Vamos acabar com os marajás que ganham muito e em nada contribuem com o estado”, assegurou ele.
No ‘choque de gestão’ que promete fazer caso vença as eleições, Gladson diz que está prevista ainda a extinção de órgãos públicos estatais e a contratação de concursados – a exemplo dos aprovados nos concursos para as polícias Militar e Civil, que não foram convocados.
“Nós vamos manter os cargos necessários ao funcionamento do governo. Já aqueles preenchidos por quem não faz nada além de política serão extintos”, garantiu o candidato do Progressistas.
A proposta de Gladson é suprimir os ‘órgãos meramente decorativos na atual administração do PT’. Segundo ele, a máquina pública conta atualmente com 67 instituições, divididas em secretarias, fundações, autarquias e empresas estatais. “Enquanto temos 67, o estado de São Paulo possui 25”, assegurou.
Durante a entrevista, Gladson Cameli respondeu a perguntas sobre educação, segurança pública e saúde, entre outros temas.
Na contramão
Segundo dados do Portal da Transparência do Acre, o governo mantém 23 secretários-adjuntos, com renda mensal de R$ 19 mil, além de 16 assessores especiais, cujos proventos variam entre R$ 13,4 mil e R$ 19,9 mil. Há ainda os diretores de órgãos públicos, cujo rendimento médio mensal é de R$ 15 mil. Esse grupo de afortunados representa algo em torno de R$ 20 milhões/ano em despesas ao erário.
Entre os cincos postulantes à sucessão de Tião Viana, o único a defender a manutenção dos mais de 2.100 cargos de livre nomeação existentes no atual governo é Marcus Alexandre (PT).
Durante a rodada de entrevistas realizadas pelo ac24horas, e transmitidas ao vivo pela internet, os demais candidatos – Ulisses Araújo (PSL), David Hall (Avante) e Janaína Furtado (Rede Sustentabilidade) – também prometeram diminuir a quantidade de comissionados em uma eventual vitória na eleição de outubro.