Os dirigentes regionais do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), comandado no Acre pela publicitária Charlene Lima, decidiram manter a candidatura da empresária à Câmara dos Deputados. Envolvida na Operação Hefesto, que apura supostos desvios de recursos públicos do Legislativo estadual, Charlene, segundo seus correligionários, continua apta a disputar as eleições deste ano.
Segundo a tesoureira da sigla no estado, jornalista Wânia Pinheiro, o princípio da ‘presunção de inocência’, previsto no artigo 5º da Constituição Federal, “garante todos os direitos àquele que não foi considerado culpado pela justiça”, disse ela.
Detida durante a Operação Hefesto, da Polícia Federal, Charlene aguarda decisão da justiça, acionada por meio de sua defesa, sobre o pedido a revogação de sua prisão preventiva.
O advogado da empresária, Marcus Vinicius Jardim Rodrigues, contesta as acusações da PF, segundo as quais a empresa CL Publicidade, de Charlene, vinha superfaturando serviços de mídia prestados à Aleac.
Rodrigues afirma que a formação de tabelas de preços de quaisquer serviços, sejam públicos ou privados, principalmente aqueles de ‘notória especialidade’, “não pode ser analisada de forma generalizada”, ou seja, sem critérios específicos de comparação.
“Acusações descontextualizadas geralmente levam a conclusões precipitadas.”, assinalou o advogado.
Para ele, a valoração dos serviços prestados ao Legislativo estadual precisa, necessariamente, levar em conta critérios como qualidade técnica, instrumental utilizado, equipes capacitadas e a expertise envolvida no processo.
“Por ora, é a justa e necessária liberdade da Charlene que move nosso trabalho”, afirmou Marcus Vinícius.