Governo retira PMs de hospitais e deixa servidores e pacientes expostos à violência

Servidores públicos da saúde estadual e pacientes que precisam recorrer ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) passaram a temer pela própria vida depois da determinação do governo de dispensar os policiais militares que faziam a segurança do local. A denúncia foi feita nesta quinta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac).

Segundo o presidente da entidade, Adailton Cruz, a medida foi adotada logo após a eleição. E o mais grave é que ela não atinge apenas o Huerb.

Adaliton diz que sem polícia nas unidades de saúde, os problemas se agravam/Foto: reprodução

Sem equipamentos para atender à demanda, material de uso diário e insuficiência de pessoal, os servidores agora precisam conviver com a sensação de insegurança.

“O governo simplesmente retirou todos os policiais que faziam a segurança nas unidades de saúde. Por não ter um local adequado para a Polícia Militar descansar, o comando decidiu dispensar os policiais. Com isso ficou somente o agente de portaria, que não oferece a devida segurança aos pacientes e servidores”, destacou Cruz.

Segundo ele, a situação vivida no Huerb já ocorre também em Cruzeiro do Sul, na Maternidade Bárbara Heliodora e a previsão é que se repita na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre).

Sem local adequado ao descanso dos PMs, comando tomou decisão polêmica/Foto: cedida

“Com isso todos os trabalhadores e as pessoas que necessitam de atendimento estão à mercê da violência”, salientou o líder sindical.

Saúde na UTI

Segundo o denunciante, faltam profissionais para cuidar dos pacientes, locais adequados aos atendimentos, medicação e equipamentos sem os quais a vida de dezenas de pessoas fica em risco.

Adailton reclama ainda da supressão de direitos trabalhistas das categorias da área, como o não pagamento da insalubridade.

Para o sindicalista, a situação não pode continuar da forma como está. Ele apela à necessidade de uma ação por parte dos movimentos sociais organizados antes que tragédias ocorram nas unidades de saúde do Estado.

“Os trabalhadores e os usuários do Sistema Único de Saúde estão expostos à violência”, ressaltou.

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