Um assalto, um tiro, uma morte e a missão humanitária de Dr Baba interrompida

O médico Rosaldo Aguiar, o Dr. Baba, que foi assassinado com um tiro de escopeta durante um suposto assalto na noite de sábado (27), no município de Feijó, teve uma de suas missões mais importantes interrompidas e que começaria a ser realizada em janeiro de 2019.

Talvez o assassino de Dr. Baba, ao apertar aquele gatinho, não fizesse a mínima ideia da importância do médico e que estaria interrompendo não só a vida dele, mas a salvação de inúmeras outras vidas.

Dr Baba era médico da família/Foto: reprodução

O médico, que construiu um barco hospital para atender ribeirinhos às margens dos rios da região de Tarauacá e Envira, pretendia realizar mais uma de suas missões, dessa vez denominada “o médico da família no seu seringal”, onde pretendia atender gratuitamente aquela população. Os serviços seriam custeado pelo próprio médico e parceiros de profissão.

A equipe médica e pessoal de apoio na embarcação ja havia inclusive sido escalada para a missão da ajuda humanitária feita nos rincões dos seringais às margens dos rios acreanos.

Na agenda, a missão de atendimento capitaneada por Dr. Baba, pretendia percorrer a partir do dia 19 de janeiro do próximo ano, e se encerraria no dia 26 do mesmo mês, envolvia a Cidade do Jordão, Seringal Alagoas, Seringa Tamandaré, Seringal Santa Luzia, Seringal Pacujá, Seringal Joacy.

O barco foi construído por Dr Baba em homenagem ao pai/Foto: reprodução

A equipe de saúde escalada pessoalmente pelo Dr. Baba, para acompanhá-lo na missão, resumia-se em quatro médicos, um enfermeiro, um técnico em enfermagem, um atendente de farmácia, uma cozinheira, um comandante de barco e um motorista

Na missão Dr, Baba tinha como meta realizar consultas médicas, pequenas cirurgias, cauterizações em geral, exames periciais para o INSS, aplicação do anti contraceptivo (Diu), ultrassonografias em geral e eletrocardiograma.

Ele sempre sonhou em ser médico e começou a trabalhar no hospital em 1988 como auxiliar de serviços gerais, depois passou para técnico de enfermagem e, em seguida, ingressou no curso de medicina na Bolívia, retornando para se dedicar à vida dos feijoenses mais humildes.

Com o assassinato do Dr. Baba, várias entidades de classe demonstraram pesar, entre eles o Conselho Regional de Medicina no Acre (CRM-AC) que reconheceu que o trabalho do médico da família realizado nos lugares mais distantes e remotos, como Dr. Baba fazia, jamais será esquecido e e seu nome sempre lembrado de forma honrada a profissão de quem escolhe para só, a missão ímpar de ajudar o próximo.

Com informações do Blog Tarauacá Agora

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