Advogado denuncia que Tião Viana usou Crédito de Carbono para fazer turismo nos EUA

O advogado e ativista político, Ediney Muniz, vem denunciando na internet que o governador do Acre, Tião Viana (PT) usou Crédito de Carbono para fazer turismo nos EUA, quando em junho de 2017, juntamente com uma comitiva, viajou para o Colorado, nos EUA, sob o pretexto de apresentar políticas ambientais desenvolvidas aqui no Estado.

O custo da viagem foi de nada menos que 200 mil euros, aproximadamente R$ 1 milhão, sendo o dinheiro proveniente do banco alemão KFW.

Governador Tião Viana (PT) teria gasto 200 mil euros em viagem aos EUA./Foto: Reprodução

O que são Créditos de Carbono

Os Créditos de Carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono.

Créditos de Carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à redução da poluição. O mercado ficou estabelecido a partir da assinatura, em 1997, do Protocolo de Kyoto, o qual estabeleceu metas de redução de emissões de dióxido de carbono para os países mais industrializados do planeta.

Suspeitas no Acre

Sobre o uso indevido dos créditos, um manifesto intitulado Carta de Xapuri, divulgado em 28 de maio de 2017, um grupo de mais de 80 entidades e pessoas ligadas à causa indígena e ambiental, levantou fortes suspeitas sobre a condução da política de investimentos dos valores dos Créditos de Carbono no Acre.

Em especial, em relação a um próprio acordo firmado entre o Estado e o banco alemão KFW no ano de 2012.

No documento, recheado de críticas, acusa o governo de não agir com transparência na aplicação do montante de 25 milhões de euros, algo em torno de R$ 106 milhões, dinheiro supostamente recebido do banco alemão nos últimos anos.

De volta ao que interessa…

Naquele tour, citado anteriormente e denunciado pelo advogado, pelo Colorado, EUA, acompanharam ainda o governador Tião Viana, o seu porta-voz, Leonildo Rosas, a presidente do Instituto de Mudanças Climáticas, Magaly Medeiros, e Alberto Tavares.

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