O coveiro Francisco Galdino Pires, que trabalha no cemitério Jardim da Saudade em Rio Branco, passou mal e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na última terça-feira (13), solicitando atendimento, porém, o médico plantonista que atendeu o trabalhador, analisou o caso e negou atendimento. Galdino, segundo informações, é portador de diabetes e pedra na vesícula.
O presidente do sindicato dos coveiros no Acre, Marcos Coveiro, usou sua página no Facebook, na manhã desta quarta-feira (14), para fazer um desabafo, repudiando a atitude do Samu. Segundo ele, omissão de socorro é crime, previsto no Código Penal Brasileiro.
“Omissão de socorro é um dos crimes previstos no Código Penal brasileiro, em seu Art. 135. É o exemplo clássico do crime omissivo. Deixar de prestar socorro a quem não tenha condições de socorrer a si próprio ou comunicar o evento a autoridade pública que o possa fazê-lo, quando possível, é crime”, destacou o presidente do sindicato.
Por outro lado, a coordenadora do Samu, enfermeira Lúcia Carlos, frisou que desconhece o caso, tendo em vista que ela não soube informar quem foi o médico plantonista que atendeu a ocorrência.
“Não posso julgar, pois não sei o que o solicitante informou ao médico. Só saberei quando conversar com ele, daí saberei o que levou ele a negar atendimento. Às vezes, na análise, eles julgam se é necessário ou não o envio de uma ambulância”, disse.
A coordenadora declarou ainda que fará uma investigação sobre o caso, para, a partir daí, tomar as devidas providências.
“Se constatada a omissão, o médico poderá receber advertência ou até suspensão”, ressaltou. Contudo, à enfermeira afastou a possibilidade de o profissional ser demitido ou desligado do cargo.