Imac pretende coibir extração ilegal de madeira e legalizar atividade de manejo

A situação do manejo florestal madeireiro no Acre foi pauta de uma reunião na manhã desta quarta-feira (16), quando o diretor presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassem, recebeu um grupo de manejadores madeireiros, liderados pelo presidente da Cooperativa de Manejo Florestal Comunitário de Xapuri, Dionisio Barbosa.

Segundo ele, a lentidão na liberação dos licenciamentos ambientais que autorizam a atividade tem prejudicado o setor. “A situação não é muito boa, nossa produção está capenga, esperamos que no atual governo as coisas possam melhorar”, disse Barbosa.

André Hassem recebe manejadores de madeira/Foto: ContilNet

Ele relatou ainda que enquanto os produtores não conseguem aprovar seus planos de manejo florestal junto ao órgão, cresce de forma assustadora a retirada ilegal. “Toda hora sai madeira das reservas. Não tem fiscalização. Não tenho muita ideia, mas já devemos ter perdido milhões de reais com isso.”, destacou.

O diretor presidente do Imac, André Hassem, informou que um levantamento de todos pedidos de aprovação de planos de manejo encontra-se em execução, sendo que três já estão em fase de conclusão e que resolver a questão é uma orientação do governo.

Dionísio Barbosa, presidente da Cooperativa de Manejo Florestal Comunitário de Xapuri/Foto: ContilNet

“Como tem dito o governador, precisamos atender e dar maior celeridade  e essa foi a nossa projeção para os 100 dias: atender todos os pedidos de outorga de licenciamento para que possamos dar respostas o mais rápido possível. O que queremos é que as empresas possam trabalhar já neste verão.”, garantiu.

Hassem disse que recebeu também a presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Estado do Acre (Sindusmad), Adelaide Fátima, com pleitos e reclamações semelhantes.

“Existem pedidos de manejo de até cinco anos sem resposta. Então eles estão vindo se apresentar e fazer as reclamações.”, completou.

Sobre a ocorrência de extração ilegal de madeira do estado, inclusive em áreas de reservas, o presidente do Imac assegurou que ações estão planejadas. “Vamos fazer também um levantamento das áreas, ampliar e estruturar a fiscalização. Vamos priorizar os pequenos para que se tornem legais. As pessoas estão trabalhando no anonimato porque não tiveram resposta do governo para que pudessem trabalhar sem cometer crimes contra a legislação vigente.”, enfatizou.

André Hassem citou como exemplo da situação dos Polos Moveleiros. “Foram construídos, mas estão sem documentação e sem autorização para que possam trabalhar dentro da legalidade. O que vamos fazer agora é sentar com todos os envolvidos para que possamos legalizar para obedecer a legislação vigente e trabalharmos em parceria com todos os setores para tentar acabar com a extração ilegal de madeira no nosso estado.”, concluiu.

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