“O vazamento de informações atrapalha investigações”, diz delegado Alcino Junior sobre caso Rêmulodes

O delegado Alcino Júnior da Delegacia de Flagrantes (Defla), declarou ao ContiNet que não irá se manifestar sobre as investigações que apontam o envolvimento do secretário de Polícia Civil do Estado, Rêmulo Diniz, ao crime organizado. No entanto, Junior, disse que o vazamento das informações obtidas pelo portal UOL, devem atrapalhar a conclusão das investigações realizada pela justiça.

O delegado que conduziu as investigações da Operação Sicário, deflagrada em dezembro, culminando na prisão do tenente Farias, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Policia Miliar, disse que ficou ‘surpreso’, com o conhecimento do processo que corria em segredo de justiça. “Quando o repórter da UOL ligou pedindo para me manifestar a respeito dessa investigação que está em sigilo e não foi divulgado pela Polícia Civil, eu não me manifestei, pois estou aguardando o juiz para eventualmente falar sobre algo a respeito do caso. Portanto, não irei me manifestar sobre o caso agora”, destacou.

Delegado Alcino Junior/Foto: reprodução

Alcino relatou ainda que, talvez, pelo vazamento das informações, a justiça possa nem vir a se manifestar sobre o caso. “Talvez o juiz que está conduzindo as investigações nem se manifeste agora, pois ele estava esperando que a denúncia fosse recebida pelo Ministério Público do Acre e apresentasse a denuncia para que houvesse indício dos tramites processuais”, explicou.

Delegado pede punição para quem vazou as informações

O delegado enfatizou que o responsável por ter repassado as informações devem ser punidos, uma vez que tal conduta é crime. “O tamanho do vazamento, as coisas como estão acontecendo e o acesso que tiveram ao conteúdo, é motivo de surpresa. Isso deve ser apurado e investigado, pois isso prejudica a investigação e expõe todos, isso não é bom. Não posso me manifestar, não é que não queira falar, mas não posso”, salientou Junior.

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