A crise econômica que se instalou no estado do Acre vem assustando o empresariado local desde o fim da gestão anterior. Com a troca de governo, existia uma esperança, por parte dos empresários, da situação mudar. Contudo, a equipe econômica de Gladson está engessada, sem grande expectativa de investimentos até o momento, muito por conta das dívidas herdadas da gestão de Tião Viana (PT). Tanto que as grandes marcas vêm enfrentando problemas financeiros para manter o quadro de funcionários.
É o caso, por exemplo, da loja Centauro, localizada no Via Verde Shopping, em Rio Branco, que demitiu recentemente seis funcionários com mais de sete anos de serviços prestados.
Centauro do Via Verde Shopping/Foto: Reprodução
De acordo com uma ex-funcionária da loja, demitida em janeiro deste ano, a Centauro dispensou seis pessoas que hoje encontram-se desempregadas e sem expectativa de vaga no mercado .“Nós fomos mandados embora sem muitas explicações. Apenas nos agradeceram pelos anos de serviço”, declarou.
A moça que pediu para não ter seu nome exposto, devido a um processo judicial contra a empresa, relatou que após as demissões os poucos funcionários que ficaram estão sobrecarregados. “O quadro ficou pequeno, por exemplo, antes por setor ficavam oito vendedores, agora, apenas cinco”, contou.
Ela disse também que, a priori, não existe possibilidade da loja fechar no estado, mas as vendas caíram bastante em relação ao que vendiam logo após a inauguração. A Centauro paga de aluguel, conforme informações da ex-funcionária, o equivalente a R$ 30 mil mensais. “É um valor muito alto para um estado pequeno”, explicou.
Resposta da Loja
A gerência da loja Centauro informou, por meio de telefone, que as recentes demissões que ocorreram em janeiro deste ano foram devido uma questão de perfil dos funcionários, que não estavam alinhados ao da loja. “Trocamos as peças apenas, não há crise e nem risco de fechar”, garantiu.
Crise Romera
Outra grande loja do ramo de eletrônicos e móveis, a Romera, vive uma situação complicada no mercado acreano. Alguns funcionários reclamam da possibilidade da empresa fechar as portas de uma hora para outra, sem dar explicações. “Trocaram o dono, não vendemos nada, a concorrente é muito forte e ainda tem um banco ao lado deles. Então fica difícil”, destacou um assistente administrativo.
Já o gerente da Romera, que pediu para não ser identificado, disse que realmente existe uma crise financeira grande, porém, não há risco de demissões e nem fechamento das portas no estado. “O que houve apenas foi que a loja entrou com pedido de recuperação judicial após acumular dívidas de R$ 130 milhões. O pedido foi protocolado no dia 2 de maio na 2ª Vara de Arapongas e foi feito pelo novo dono da empresa, o empresário Walter Nicolau Filho, que adquiriu em março o negócio fundado pela família Romera”, explicou.
Quanto a diminuição nas vendas ele afirmou “houve uma queda devido a crise, mas nada que assuste no momento”, finalizou.
