Mesmo com o aceno positivo, esta semana, do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sobre o início do processo de análise das indicações de parlamentares e lideranças políticas para cargos nos estados, ainda não há nenhuma definição sobre nomeações para órgãos como o Dnit, o Incra, o Ibama, a Funasa, Receita Federal, e Ministérios com superintendências, coordenações ou delegacias regionais. As indicações estavam suspensas.
Uma das principais lideranças do PSL, partido do presidente Bolsonaro, no Acre, Coronel Ulysses, repassou que a respeito dos cargos federais nos Estados “ficou decidido, em Brasília, que o primeiro critério será o técnico, sem interferência política e por livre escolha dos Ministros e Secretários responsáveis pela pasta”, informou.
Ainda segundo ele, “no segundo momento, caso os Ministros e Secretários abram mão das indicações, estas serão realizadas de acordo com o critério político mediante indicação dos parlamentares federais que estiverem dispostos a compor a base aliada do Governo Federal. Nesse caso, mesmo tendo critério político, será exigido o mínimo de critério técnico”, explicou.
Indagado sobre se ele próprio poderia vir a ocupar um desses cargos disponíveis, Ulysses que foi o candidato ao governo nas eleições de 2018 pelo PSL disse que já foi sondado mas que não tem interesse em virtude de sua carreira militar. “Sou Oficial da Ativa caso aceitasse qualquer cargo eu teria que me licenciar para assumir cargo de natureza civil. Isso me traria prejuízos financeiros, e previdenciários”, explica.
Segundo ele, “a ideia é que o Governo Federal terá muitos projetos polêmicos para aprovação, razão pela qual, resolveram abrir a possibilidade das indicações políticas. Todavia alguns cargos considerados estratégicos, a exemplo do Dnit que possui orçamentos milionários, terão indicações com critério puramente técnico e sem rastro de corrupção. Estamos trabalhando para indicar pessoas do PSL que tenham o perfil exigido”, destacou.