Começa amanhã, segunda-feira (11), em Três passos (RS), a 473 quilômetros da capital Porto Alegre, o julgamento dos acusados pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, morto aos 11 anos de idade, com uma injeção letal, em abril de 2014. Os acusados são o pai da criança, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Eles respondem pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsificação ideológica. O julgamento deve durar cinco dias.
Foi um dos casos que mais abalou o Rio Grande do Sul e acrônica policial do país. O corpo da criança foi encontrado 10 dias depois de seu desaparecimento, em uma cova vertical, à beira de um riacho, em Frederico Westphalen, município próximo a Três passos. A presidente do Tribunal do Júri será o a juíza de Direito Sucilene Engler, titular da Vara Judicial da Comarca de Três Passos. Na acusação, atuará o promotor de Justiça Bruno Bonamente. Nas defesas, atuarão os advogados Ezequiel Vetoretti (Leandro), Vanderlei Pompeo de Mattos (Graciele), Jean de Menezes Severo (Edelvânia) e Hélio Francisco Sauer (Evandro). As informações são do portal de notícias do Tribunal de Justiça do rio Grande do Sul.
Ao todo, durante o julgamento, serão ouvidas dezoito testemunhas arroladas pela acusação, outras nove pela defesa de Leandro Boldrine e mais quatro pela defesa de Graciele Uguline.
O Conselho de Sentença é formado por sete jurados, que serão conhecidos em sorteio amanhã. O grupo deverá manter-se incomunicável. Foram sorteados 25 jurados, mais suplentes, todos moradores da comarca de Três Passos, que abrange o município sede, mais Bom Progresso, Tiradentes do Sul e Esperança do Sul. Os jurados responderão a diversos quesitos. Cada uma das perguntas deverá ser respondida com um “sim” ou “não”. Maioria simples de votos define a absolvição ou culpa em cada quesito.