Diretor do Iapen diz que agente que o acusa de perseguição é na verdade um criminoso

As acusações de perseguições ao diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Lucas Bolzoni, não resistem a uma simples análise da folha criminal do próprio acusador, o agente socioeducador Francisco Jerferson Gomes de Moraes, de 35 anos, apontado, entre outras coisas, como um traficante de armas, acusado de facilitar a fuga de um preso e de atividades que já o levaram à cadeia por pelo menos duas vezes. Ele é inclusive chamado de o “Senhor das Armas”, pela prática de contrabando de simulacro de armas (de brinquedo) de Cobija, na Bolívia, para Rio Branco (AC), onde manipulava os brinquedos e os tornava armas de verdade as quais eram vendidas no câmbio negro do crime, ao preço de R$ 200,00.

O agente foi detido pela polícia/Foto: Reprodução

As acusações contra a direção do sistema seriam, portanto, manobras do acusado para mascarar sua própria situação de pessoa vinculada com o crime, disse o diretor Lucas Bolzoni. “Ele tem me procurado para conversar, mas eu tenho evitado esses encontros porque a situação dele está no âmbito administrativo e criminal”, disse o diretor. “Logo não cabe a mim tomar nenhuma decisão em relação ao cidadão. Ele tem até mandado de prisão em aberto e não é comigo que tem que conversar. O caso dele é de polícia”, acrescentou.

Os simulacro de armas eram vendidas via Internete, assim como o tráfico de drogas. Por conta disso, a direção do Iapen decidiu afastar o servidor sem remuneração até que se conclua todos os processos que ele responde. Há dois meses, de acordo com o diretor, o servidor devia ter sido preso. Ele foi convidado a se apresentar na sede do Iapen, ao diretor-geral, mas quando a Polícia Civil chegou ao local para fazer a prisão, ele enganou aos policiais dizendo ser apenas irmão do acusado e deixou om local, pela porta da frente, acompanhado de sua esposa.

Lucas Bolzoni, diretor do Iapen/Foto: Reprodução

O processo administrativo que ele responde está relacionado ao preso de nome Adaildo Freitas Ferreira, de 32 anos, que estava internado na santa Casa de Misericórdia de Rio Branco à espera de uma cirurgia para a retirada de um projetil de bala alojado em suas costas, já que foi atingido durante um tiroteio em confronto com a polícia. O caso ocorreu em agosto de 2017, quando o preso teria fugido ao abrir um buraco no telhado do hospital. No dia da fuga quem cuidava da escola do preso era exatamente Francisco Jeferson, que passou a ser suspeito de convivência com a fuga e a responder processo administrativo.

“Esse processo se juntaram aos criminais e ele, para escapar de punições, que devem advir com certeza, está utilizando o argumento das perseguições”, disse Balzoni.

CONFIRA O PROCESSO: 

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