Um convênio entre o governo do Estado e o Hospital do Amor – especializado em tratamento de câncer – para atender as mulheres do interior, deverá ser celebrado no começo do mês de abril com a presença do diretor presidente do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata. A notícia foi dada pela deputada estadual Antônia Sales (MDB), da tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na sessão desta terça-feira (19).
“Essa é a boa notícia que quero dar. Fiquei muito feliz. Estive com o governador Gladson Cameli para tratar do assunto e tenho imensa gratidão por ele aceitar ter esse carinho com as nossas mulheres, especialmente as do interior.”, disse ela.
Antônia Sales?Foto: reprodução
Antes de comemorar, a deputada Antônia Sales lembrou que o Estado peca na assistência à saúde da mulher desde os governos passados e quem mais sofre são as mulheres do interior. “Muitas morrem e nem mesmo sabem do que morreram. Principalmente as que vivem às margens dos rios e igarapés que não tem como sair e não tem como fazer exames para ser diagnosticado o que ela tem.”, lamentou a parlamentar.
Para ela, “quem tem que cuidar da saúde das mulheres são os postos de saúde e hospitais públicos, porque elas não tem plano de saúde particular.”, acrescentou.
Segundo informado por Sales, o convênio será no valor de R$ 90 mil e deverá atender 8.300 mulheres. “O Hospital do Amor vai colocar um mamógrafo digital, que custa R$ 1 milhão, no Hospital da Mulher de Cruzeiro do Sul, um tipo moderno que não machuca demais como os aparelhos antigos. Além disso, vai fazer a coleta de material para exames e biópsias lá mesmo e com a qualidade do Hospital de Barretos. As que forem detectadas com a doença virão para cá [Rio Branco] resolver o problema e se o câncer estiver avançado, elas serão encaminhadas para a unidade em Porto Velho. Também vamos ganhar uma unidade móvel toda equipada para atendimentos e coleta de material para exames”, detalhou.
Antes de concluir, a deputada parabenizou o diretor do Hospital do Amor do Acre, João Paulo Silva. “Já trabalho na Saúde do Estado. É uma pessoa super humana e nós precisamos de profissionais assim, humanizados, que veem a doença do paciente como se fosse a deles e isso já ajuda em 50%. Ele é de Tarauacá, do interior, então entende nosso sofrimento.”, concluiu
