Integrantes do Comitê do Plano Acreano para a Cultura Exportadora (PNCE) reuniram-se, na última quinta-feira, 21, na sede Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), para traçar os planos de atuação para este ano.
Segundo o superintendente federal do Ministério da Agricultura no Acre, Luziel Carvalho, o Estado obteve alguns avanços, principalmente em relação ao Peru. “Progredimos nas discussões da comercialização do ‘boi em pé’. Está faltando, apenas, a visita da missão peruana, previsto para vir ainda neste primeiro semestre para visitar as propriedades produtoras e emitir a autorização. Outro ponto que avançamos é na comercialização da carne suína do Acre com a Bolívia. A Dom Porquito, indústria acreana, já está exportando para o país vizinho e já temos resultados positivos”, listou.
Ainda segundo o superintendente do Ministério da Agricultura no Acre, outras conquistas estão a caminho. “O Acre tem o status fitossanitário, em tese, inferior ao do Peru – pelo fato de sermos livres de aftosa e ainda vacinarmos. Enquanto que o país vizinho é livre de aftosa e não vacina mais. A partir de junho deste ano, os produtores rurais acreanos não serão obrigados a vacinar seus rebanhos bovinos. Subtende-se que conseguiremos o mesmo status do que o Peru e aí, consequentemente, já poderemos exportar o ‘boi em pé’ e os cortes especiais do boi”, garante Luziel Carvalho.
Presente pela primeira vez à reunião do Comitê do Plano Acreano para a Cultura Exportadora, Jairo Carvalho – assessor especial do governador Gladson Cameli, mostrou-se bastante otimista. “Parabenizo todas as instituições que se uniram para pensar e propor ações que busquem avanços no setor de exportação do Acre. Conte com a parceria e esforços do nosso governador para ações que proponham o desenvolvimento do nosso Estado. O Governo é parceiro no que for preciso para que o Acre possa voltar a crescer”, disse.
O presidente da FIEAC, José Adriano, destacou a necessidade da união de parlamentares, empresários e governos dos estados que compõem a “Amazônia Legal”. “Investimentos nas BRs 364, 317 e 319, além da ponte do Rio Madeira, não impactam, apenas, o Acre ou Rondônia, por exemplo. Estou à frente da Ação Pró Amazônia, que busca o desenvolvimento socioeconômico da Região, e estes assuntos estarão nas pautas das nossas reuniões”, disse.
Segundo José Adriano, em toda discussão que existe em relação à industrialização do Acre, é destacada a precária matriz energética do Estado. “Temos edital que já foi contrato para o linhão, duas vezes, e foi distratado. Precisamos avançar nestas questões para que possamos ter um ambiente de maior segurança para o empresário e, consequentemente, melhoraremos o setor de exportação do nosso Estado”, garantiu.
O Plano Acreano da Cultura Exportadora prevê sete eixos de ações: 1) Relacionamento e promoção de negócios; 2) Logística e infraestrutura do comércio exterior; 3) Barreiras em mercados externos; 4) Inteligência comercial; 5) Assessoramento e capacitação; 6) Facilitação e desburocratização do comércio exterior; e 7) Estímulo e apoio à negócios acreanos para exportação. A expectativa com o atual Governo é de que haja um ambiente mais favorável para avançar nos itens acima citados.
Comitê do Plano Acreano para a Cultura Exportadora – Criado em 2016, é formado pela Federação das Indústrias do Estado do Acre, Fecomércio, Federação da Agricultura, Sebrae, Acisa, Federacre, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Acre, Governo do Estado do Acre, Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Suframa, Conselho Regional de Administração do Acre, SENAI, Anac, Crea, Caixa, Banco da Amazônia e Consulado do Peru em Rio Branco. O objetivo é aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior, além de promover o crescimento das exportações.
Assessoria FIEAC